domingo, 17 de fevereiro de 2008

INFORMAÇÃO A MAIS ! ! !

O DIA - 16/2/2008
Estado monta estratégia
para conquistar o Alemão
Além dos 500 fuzis
cedidos pela Marinha,
polícia do Rio terá
120 mil balas para
combater o tráfico
antes das obras do PAC
Leslie Leitão


O tabuleiro não é de papelão. As peças se mexendo e conquistando o território inimigo não são de acrílico. Muito menos a munição, que deixou marcas ao longo dos últimos 14 meses, período do governo Sergio Cabral, em que pelo menos 70 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas. Mas o jogo também é de estratégia, apesar de as autoridades ainda não terem sentado à mesa com quem mais entende daquele terreno hostil, para bater o martelo e definir seu plano de ocupação, especialmente em relação à parte logística do trabalho.
A 10 dias do início das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, no Complexo do Alemão — a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está prevista para 27 de fevereiro —, O DIA ouviu policiais que há anos (alguns há mais de duas décadas) perambulam por becos e vielas daquelas 11 favelas. O objetivo é traçar o perfil do inimigo que o Estado terá pela frente. Um inimigo que, se não tem motivações religiosas para defender seu chão, como no Oriente Médio, usa táticas de guerra similares, fazendo da vida de milhares de moradores inocentes um verdadeiro inferno.
“Até hoje não sei se vamos entrar primeiro no Alemão ou se só vamos entrar depois que os tratores começarem a levar tiro. Ninguém vai confirmar isso, mas a verdade é que nenhuma equipe que fez trabalhos dentro do Complexo do Alemão foi consultada em termos estratégicos até hoje”, explica um agente que participou das duas grandes ações em 2007, que deixaram 20 mortos e dezenas de feridos.
As investigações das polícias Civil e Federal e informações obtidas pelos Serviços de Inteligência da PM indicam que a quadrilha que controla as bocas-de-fumo dali se prepara para reagir. “Eles não vão correr. Vão enfrentar como fizeram em todas as outras vezes em que estivemos lá. É um terreno difícil de dominar”, afirma um experiente oficial do 16º BPM (Olaria).
O mapa feito pelos policiais revela detalhes dos bandidos, da Pedra do Sapo à Rua Canitá, na Favela da Fazendinha. As comunidades se estendem pelos bairros de Ramos, Bonsucesso e Inhaúma. A estimativa, ainda que não seja precisa (“nem o Tota, chefe do tráfico, sabe dizer quantas armas eles têm exatamente”, afirma um delegado), é de que pelo menos 200 fuzis, um número incontável de pistolas e granadas estejam nas mãos de quase 500 bandidos. “Só ano passado a polícia pegou cinco ponto 30 lá dentro. E hoje temos notícias de que já existem outras seis”, explica outro policial.
Uma delas estaria num dos principais acessos da polícia ao local e, conseqüentemente, das obras do PAC: a Rua Joaquim de Queiroz, que tem entrada pela Estrada do Itararé e corta boa parte da Favela da Grota, até o Areal, onde fica espécie de quartel-general da quadrilha.
Por esse caminho, os bandidos deram os seus maiores exemplos de conhecimento de táticas de guerrilha para barrar o avanço da polícia. Além dos tradicionais trilhos e das casamatas, eles passaram a retirar bueiros gigantescos — de três a cinco metros —, jogando caminhões dentro deles e barrando os Caveirões. “Nos trechos mais estreitos levaremos chuva de granadas, coquetéis molotov e tinta nos vidros para tirar nossa visão”, prevê o motorista de blindado, acostumado com a recepção a bala no terreno abandonado pelo estado há décadas e que terá de ser reconquistado em poucos dias.


NOTA : EM QUALQUER CONFLITO ARMADO, MAS PRINCIPALMENTE NA LUTA DE GUERRILHA, QUE É O CASO DE QUE ESTAMOS A FALAR, O FACTOR SURPRESA, E O SIGILO DOS PLANOS DA OPERAÇÃO, SÃO PEÇAS FUNDAMENTAIS PARA O SUCESSO DO OBJECTIVO QUE SE PRETENTE ATINGIR !
AQUI, PARECE UM POUCO AO CONTRÁRIO ! . . .
SÓ FALTA DIZER O DIA E A HORA EM QUE VÃO ATACAR A FAVELA, E AS RUAS, PELAS QUAIS ENTRARÃO . . . SÓ FALTA TAMBÉM PEDIR À BANDIDAGEM, QUE PREPARE UM CHURRASCO PARA A HORA DO ALMOÇO ! . . .
SE ISTO VEM NOS JORNAIS, DEPOIS NÃO SE ADMIREM DE AS PRINCIPAIS INFORMAÇÕES SOBRE A OPERAÇÃO, VASAREM DE DENTRO DA POLÍCIA, E A BANDIDAGEM NÃO ESTAR LÁ COM O SEU ARSENAL, PORQUE ENTRETANTO, FOI AVISADA, COMO DE RESTO, JÁ ACONTECEU INÚMERAS VEZES ! . . .

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