quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Mais de três mil vagões

teriam virado

matéria-primade siderúrgicas.

Nos últimos anos,

houve flagrantes de

destruição do

patrimônio ferroviário.

A Polícia Federal (PF)investiga um esquema de apropriação do patrimônio público que movimentaria milhões de reais e teria a participação de várias empresas. Pelos levantamentos feitos por policiais ferroviários estima-se que, nos últimos dois anos, 210 locomotivas elétricas foram destruídas e mais de três mil vagões viraram matéria-prima de siderúrgicas.

Uma ação policial simultânea ocorreu nesta quarta-feira (26) em ferros-velhos e grandes siderúrgicas do interior de São Paulo e do Paraná. Peritos em informática e contabilidade recolheram documentos e arquivos de computador referentes a compras e vendas de equipamentos que pertenceriam à extinta rede ferroviária.

Também foram apreendidas toneladas de ferro, cobre, aço e sucatas de alto valor econômico encontradas em várias empresas. Até um vagão de passageiros de aço inox estava em um ferro-velho em Piracicaba, a 160 km de São Paulo.

Nos últimos quatro anos, foram registrados flagrantes de destruição do patrimônio ferroviário em cinco cidades da malha paulista. As investigações da PF apontam o envolvimento da América Latina Logística (ALL), a maior concessionária de ferrovias do país.

A empresa teria um contrato com um ferro-velho de Piracicaba, que revendia o material que era levado da rede ferroviária para outras empresas, que também foram alvo da investigação desta quarta-feira (26). A ALL nega qualquer irregularidade e diz que o contrato para a venda de sucata é legal. “Nós somos uma empresa privada. Nós podemos ter contrato de venda, de prestação de serviço como qualquer outra empresa. É um contrato perfeitamente legal”, diz Rodrigo Gomes, gerente de vagões da ALL.

Segundo a Polícia Federal, no entanto, esse contrato é ilegal porque fere a lei de concessões. "Eles têm conhecimento que se trata de patrimônio público e que não pode ser vendido sem licitação", afirma o delegado da PF Carlos Fernando Abelha.

Em nota, a América Latina Logística reafirmou que a sucata pertence à empresa. E diz também que o contrato de concessão prevê que as peças substituídas na manutenção e recuperação dos vagões também são da concessionária.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres - que regula o setor - disse que não autorizou a ALL a desmontar nenhum vagão e que a empresa já foi multada em quase R$ 750 mil pelo desmanche. A Dedini, que foi investigada pela PF, informou que a última compra de sucata do ferro-velho de Piracicaba foi feita em 2003. A PF diz que encontrou sucata da rede ferroviária federal na empresa Arcelor Mittal. A empresa nega.


NOTA : QUALQUER DIA, AO PASSARMOS PELA PRAIA DE BOTAFOGO, CONSTATAMOS HAVER SIDO ROUBADO O BONDINHO DO PÃO DE AÇÚCAR, E AO OLHAR PARA O OUTRO LADO, VERIFICAMOS QUE O CRISTO REDENTOR JÁ DESAPARECEU TAMBÉM . . .


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