O ESTADO A QUE A SAÚDE CHEGOU . . .
RIO - O elevador que caiu na terça-feira no Hospital Federal de Bonsucesso, ferindo sete pessoas , havia passado por manutenção no último fim de semana. Segundo a RioLuz, que faz a fiscalização deste tipo de equipamento, a empresa Elbo - responsável pela manutenção - está está devidamente licenciada e em dia com o Relatório de Inspeção Anual (RIA), que deve ser realizado a cada 12 meses. Sobre o acidente de terça-feira, a RioLuz informou que o laudo ficará pronto dentro de 15 dias. Em caso de irregularidades, a Elbo pode ser multada ou até mesmo perder o credenciamento.
Por volta das 11h, o elevador com seis funcionários do hospital e um médico visitante caiu do terceiro andar até o subsolo do prédio, uma altura de cerca de dez metros. Um enfermeiro sofreu uma fratura no fêmur e um médico quebrou o tornozelo. Já a enfermeira identificada como Nádia Valéria teve que fazer um exame de ressonância magnética no Hospital de Saracuruna, em Duque de Caxias, com diagnóstico de choque na medula cervical.
Depois do exame em Caxias, Nádia foi levada de volta a Bonsucesso e está internada em observação no serviço de neurologia do HFB. O hospital informou, por meio de nota, que todos foram atendidos no serviço de emergência da unidade. O médico e o enfermeiro precisarão passar por cirurgia. A mesma nota dizia que a brigada de socorristas do HFB foi acionada para retirar os feridos e isolar a área para perícia policial. Na versão do hospital, o freio de emergência do elevador chegou a funcionar, amortecendo parte da queda.
As polícias Civil e Federal e a Gerência de Engenharia Mecânica da RioLuz investigam as causas do acidente. O HFB também abriu uma sindicância para apurar o ocorrido. O equipamento servia diversos usos. Um ascensorista decidia se o elevador levaria pacientes em macas, funcionários ou carga, inclusive lixo. Dos quatro elevadores do HFB, só um está em funcionamento.
No município do Rio, a Gerência de Engenharia Mecânica da RioLuz é a responsável pela fiscalização dos 55 mil elevadores da cidade, assim como pelo cadastramento das empresas especializadas. O GLOBO entrou em contato com a Elbo, mas nenhum responsável pela empresa foi encontrado. Técnicos da Elbo já foram ouvidos pela polícia.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, a corporação não faz vistoria em elevadores, apenas atua em casos de emergência. No acidente de terça-feira, no entanto, os bombeiros não foram acionados.
Resgates em elevador são frequentes para os bombeiros, mas são raros os casos com feridos. Este ano, até segunda-feira, houve 429 atendimentos
O vice-presidente da Comissão de Saúde da Câmara dos Vereadores, Paulo Pinheiro (PPS), conta que problemas em elevadores hospitalares da rede pública jamais deixaram de ser rotina. Os problemas com manutenção são tão frequentes, segundo o vereador, que as unidades de saúde mais recentes, como o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra, só têm o andar térreo para economizar na manutenção de elevadores. Só com a empresa Elbo, a prefeitura já pagou este ano R$ 577 mil para este tipo de serviço.
- Na maioria dos hospitais do Rio, nas três esferas de governo, os elevadores são antigos e os contratos de manutenção são malfeitos, pois não preveem a substituição de peças - conta o vereador.
Acidentes com morte em elevadores hospitalares são raros. Em fevereiro de 1994, uma paciente de 77 anos foi encontrada morta no poço do elevador da Casa de Saúde Dr. Eiras,
QUEM DEVE DE GOSTAR DE OUVIR ISTO, SÃO OS " COMITÉS " ORGANIZADORES DA COPA E DA OLIMPÍADA ! . . .
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