domingo, 28 de agosto de 2011

SERÁ KARMA ? . . . TENHAM VERGONHA !


Gleisi não tem de esperar a Procuradoria coisa nenhuma!
Ela sabe o que é certo e o que é errado, não?


É evidente que a agora ministra Gleisi Hoffmann recebeu uma indenização indevida em 2006, quando se demitiu da diretoria financeira da Itaipu para se candidatar ao Senado. Assim como foi nomeada por motivos políticos (é irrelevante, para o caso, se era qualificada ou não para o cargo; um tucano qualificado não teria sido nomeado, certo?), também saiu por motivos políticos. O pagamento da multa sobre o FGTS foi um abuso óbvio, mas foi um desses abusos “legais”. Para todos os efeitos, Jorge Samek, presidente da empresa —- seu chefe formal e subordinado político de seu marido! — a demitiu, o que lhe conferiu o “direito” de receber a multa e de sacar o FGTS.

Na quinta-feira, escrevi aqui o que segue:
“Gleisi teria se saído melhor se tivesse pedido desculpas e devolvido a grana na forma de uma doação ao Fome Zero. Em vez da saída patética, mas que muitos achariam simpática e sincera, preferiu a saída ridícula, na qual é impossível acreditar quando se anda com a coluna ereta. É lastimável que a chefe da Casa Civil tenha de se refugiar numa explicação tão primitiva e inverossímil. Nessa toada, ainda acaba candidata ao Ministério da Pesca.”

Devolução

Pois bem: Gleisi enviou na sexta uma carta à Procuradoria Geral da República em que indaga se o recebimento da multa do FGTS foi lesivo aos cofres públicos. Caso seja esse o entendimento da Procuradoria, ela se diz disposta a devolver o dinheiro.

Eu diria que é uma pequena mudança positiva em relação à posição anterior, mas insuficiente. E agrega um incômodo adicional ao imbróglio. Gleisi não é chefe da Casa Civil porque é uma “LL”. O que é “LL”? A Loura Lesa, uma categoria folclórica, geralmente nascida da inveja, hehe. Loura, ela é, mas lesa não. Um ministro de estado, especialmente no posto dela, vive decidindo o que é certo e o que é errado. Eu duvido que ela precise que a Procuradoria lhe diga o que pode e o que não pode.

Ademais, o órgão tende a arbitrar a questão puramente legal. A moral, ministra, é com as pessoas. Se Samek cumpriu todas as formalidades da demissão, a senhora sabe que o recebimento foi “legal”. Mas a senhora foi nomeada para atender a um projeto seu e do partido e saiu para atender a um projeto seu e do partido — logo, nem a Itaipu nem o FGTS podem responder por essas decisões. A ministra sabe muito bem que esse tipo de demissão arranjada é considerada fraudulenta pelo Fundo e que empresas são punidas se demitirem funcionários apenas para que resgatem o depósito do FGTS.

Gleisi não tem de esperar resposta nenhuma! Assuma a impropriedade e devolva o dinheiro, com um pedido de desculpas. Não é a Procuradoria que tem de decidir por ela. Até porque, ainda que o órgão diga que a prática não foi lesiva, isso muda a história?
Por Reinaldo Azevedo



NOTA : PARECE QUE PARA SER MINISTRO DA CASA CIVIL, É NECESSÁRIO ESTAR ENVOLVIDO EM CASOS DE DESVIO DE DINHEIRO PÚBLICO . . .


SERÁ MESMO ASSIM, OU SERÁ A REAL FOTOGRAFIA DA CORRUPÇÃO NA CLASSE POLÍTICA DO BRASIL ?


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