segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

E AGORA ? . . .



Voto eletrônico: Hacker de 19 anos revela no Rio como fraudou eleição

publicado em 11 de dezembro de 2012 às 19:57

por Apio Gomes, no portal do PDT, via Amilcar Brunazzo Filho

Um novo caminho para fraudar as eleições informatizadas brasileiras foi apresentado ontem (10/12) para as mais de 100 pessoas que lotaram durante três horas e meia o auditório da Sociedade de Engenheiros e Arquitetos do Rio de Janeiro (SEAERJ), na Rua do Russel n° 1, no decorrer do seminário “A urna eletrônica é confiável?”, promovido pelos institutos de estudos políticos das seções fluminense do Partido da República (PR), o Instituto Republicano; e do Partido Democrático Trabalhista (PDT), a Fundação Leonel Brizola-Alberto Pasqualini.

Acompanhado por um especialista em transmissão de dados, Reinaldo Mendonça, e de um delegado de polícia, Alexandre Neto, um jovem hacker de 19 anos, identificado apenas como Rangel por questões de segurança, mostrou como — através de acesso ilegal e privilegiado à intranet da Justiça Eleitoral no Rio de Janeiro, sob a responsabilidade técnica da empresa Oi – interceptou os dados alimentadores do sistema de totalização e, após o retardo do envio desses dados aos computadores da Justiça Eleitoral, modificou resultados beneficiando candidatos em detrimento de outros – sem nada ser oficialmente detectado.

“A gente entra na rede da Justiça Eleitoral quando os resultados estão sendo transmitidos para a totalização e depois que 50% dos dados já foram transmitidos, atuamos. Modificamos resultados mesmo quando a totalização está prestes a ser fechada”, explicou Rangel, ao detalhar em linhas gerais como atuava para fraudar resultados.

O depoimento do hacker – disposto a colaborar com as autoridades – foi chocante até para os palestrantes convidados para o seminário, como a Dra. Maria Aparecida Cortiz, advogada que há dez anos representa o PDT no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para assuntos relacionados à urna eletrônica; o professor da Ciência da Computação da Universidade de Brasília, Pedro Antônio Dourado de Rezende, que estuda as fragilidades do voto eletrônico no Brasil, também há mais de dez anos; e o jornalista Osvaldo Maneschy, coordenador e organizador do livro Burla Eletrônica, escrito em 2002 ao término do primeiro seminário independente sobre o sistema eletrônico de votação em uso no país desde 1996.

Rangel, que está vivendo sob proteção policial e já prestou depoimento na Polícia Federal, declarou aos presentes que não atuava sozinho: fazia parte de pequeno grupo que – através de acessos privilegiados à rede de dados da Oi – alterava votações antes que elas fossem oficialmente computadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

A fraude, acrescentou, era feita em benefício de políticos com base eleitoral na Região dos Lagos – sendo um dos beneficiários diretos dela, ele o citou explicitamente, o atual presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), o deputado Paulo Melo (PMDB). A deputada Clarissa Garotinho, que também fazia parte da mesa, depois de dirigir algumas perguntas a Rangel - afirmou que se informará mais sobre o assunto e não pretende deixar a denúncia de Rangel cair no vazio.

Fernando Peregrino, coordenador do seminário, por sua vez, cobrou providências:

“Um crime grave foi cometido nas eleições municipais deste ano, Rangel o está denunciando com todas as letras – mas infelizmente até agora a Polícia Federal não tem dado a este caso a importância que ele merece porque ele atinge a essência da própria democracia no Brasil, o voto dos brasileiros” – argumentou Peregrino.

Por ordem de apresentação, falaram no seminário o presidente da FLB-AP, que fez um histórico do voto no Brasil desde a República Velha até os dias de hoje, passando pela tentativa de fraudar a eleição de Brizola no Rio de Janeiro em 1982 e a informatização total do processo, a partir do recadastramento eleitoral de 1986.

A Dra. Maria Aparecida Cortiz, por sua vez, relatou as dificuldades para fiscalizar o processo eleitoral por conta das barreiras criadas pela própria Justiça Eleitoral; citando, em seguida, casos concretos de fraudes ocorridas em diversas partes do país – todos abafados pela Justiça Eleitoral. Detalhou fatos ocorridos em Londrina (PR), em Guadalupe (PI), na Bahia e no Maranhão, entre outros.

Já o professor Pedro Rezende, especialista em Ciência da Computação, professor de criptografia da Universidade de Brasília (UnB), mostrou o trabalho permanente do TSE em “blindar” as urnas em uso no país, que na opinião deles são 100% seguras. Para Rezende, porém, elas são “ultrapassadas e inseguras”. Ele as comparou com sistemas de outros países, mais confiáveis, especialmente as urnas eletrônicas de terceira geração usadas em algumas províncias argentinas, que além de imprimirem o voto, ainda registram digitalmente o mesmo voto em um chip embutido na cédula, criando uma dupla segurança.

Encerrando a parte acadêmica do seminário, falou o professor Luiz Felipe, da Coppe da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que em 1992, no segundo Governo Brizola, implantou a Internet no Rio de Janeiro junto com o próprio Fernando Peregrino, que, na época, presidia a Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj). Luis Felipe reforçou a idéia de que é necessário aperfeiçoar o sistema eleitoral brasileiro – hoje inseguro, na sua opinião.

O relato de Rangel – precedido pela exposição do especialista em redes de dados, Reinaldo, que mostrou como ocorre a fraude dentro da intranet, que a Justiça Eleitoral garante ser segura e inexpugnável – foi o ponto alto do seminário.

Peregrino informou que o seminário será transformado em livro e tema de um documentário que com certeza dará origem a outros encontros sobre o mesmo assunto – ano que vem. Disse ainda estar disposto a levar a denuncia de Rangel as últimas conseqüências e já se considerava um militante pela transparência das eleições brasileiras: “Estamos aqui comprometidos com a trasnparência do sistema eletrônico de votação e com a democracia no Brasil”, concluiu. (OM)


 
NOTA  :  E  AGORA ? . . .
 
 
AQUILO  QUE  JÁ  MUITA  GENTE  HAVIA  DESCONFIADO,  É  AGORA,  COMPROVADO  POR  UM  JOVEM  " HACKER "  DE  19  ANOS ! . . .
 
 
APESAR  DE  TODA  A  GENTE  ESTAR  CONVENCIDA,  QUE  NO  FUTURO  O  VOTO  SERÁ  FEITO,  DESTA  OU  DE  OUTRA  MANEIRA,  MAS  RECORRENDO  À  VIA  ELECTRÓNICA,  NÃO  SE  PODE  NEM  SE  DEVE  ACREDITAR,  QUE  O  SISTEMA  HOJE  UTILIZADO  NO  BRASIL,  É  FIÁVEL  E  SEGURO,  À  PROVA  DE  QUALQUER  GOLPE !
 
 
QUEM  LIDA  COM  INFORMÁTICA,  TEM  DA  APREGOADA  SEGURANÇA  QUE  SE  ATRIBUI  AOS  DIVERSOS  SISTEMAS,  UMA  OPINIÃO  MUITO  SUBJECTIVA,  E  A  MAIOR  PARTE  DELAS,  UM  PROFUNDO  CEPTICISMO  QUANTO  AOS  " ESCUDOS  DE  PROTECÇÃO "  E  A  INFALIBILIDADE  DO  SISTEMA,  QUANTO  À  SUA  REAL  CAPACIDADE  DE  RESISTIR  A  INTRUSÕES,  QUE  COMO  É  ÓBVIO,  NÃO  SE  REVESTEM  DOS  MAIS  HONESTOS  MOTIVOS,  MAS  SE  SERVEM,  DOS  MELHORES  PROFISSIONAIS  EXISTENTES  NO  MERCADO . . .
 
 
SE  NA  POLÍTICA  COMO  EM  OUTRAS  ACTIVIDADES,  É  RECONHECIDA  A  AUSÊNCIA  DE  ESCRÚPULOS  QUANDO  AQUILO  QUE  SE  PRETENDE  ALCANÇAR  É  O  PODER,  PODEREMOS  IMAGINAR,  O  " JEITINHO "  QUE  DÁ,  TER  À  SUA  DISPOSIÇÃO  UM  SISTEMA  INFORMÁTICO,  QUE  ESTÁ  LONGE,  DE  POR  TODOS  SER  ENTENDIDO,  AO  CONTRÁRIO  DAQUELES  QUE  O  DOMINAM,  QUE  O  CONHECEM " BEM  DEMAIS ",  E  QUE  O  UTILIZAM,  AO  SERVIÇO  DE  QUEM  MELHOR  LHES  PUDER  PAGAR ! . . .
 
 
SE  A  BANCA,  INVESTE  BILHÕES  EM  REDES  DE  SEGURANÇA  PARA  QUE  O  SEU  SISTEMA,  ( QUE  NINGUÉM  TEM  DÚVIDAS,  É  PARA  GANHAR  O  MAIS  POSSÍVEL,  GASTANDO  O  MENOS ),  E  NÃO  POUCAS  VEZES,  SÃO  LUDIBRIADOS  POR  TÉCNICOS  DE  INFORMÁTICA  AO  SERVIÇO  DO  CRIME,  IMAGINE-SE  O  QUE  NÃO  SERIA  NECESSÁRIO  INVESTIR  NUM  PROJECTO  SÉRIO,  PARA  MEDIR  A  VONTADE  POPULAR  ATRAVÉS  DO  VOTO ! . . .
 
 
JÁ  AGORA,  SÓ  UMA  PERGUNTA  ( SACANA... )   SOBRE  TUDO  ISTO.
 
 
SE  O  RAPAZ  CONSEGUIU  O  QUE  DIZ,  E  SE  PROVA,  CONSEGUIR  EFECTUAR  O   QUE  DIZ,  PORQUE  NÃO  VENDEU  OS  SEUS  SERVIÇOS  A UMA  QUALQUER  FORÇA  POLÍTICA ?
 
 
EU,  NÃO  ACREDITO  MUITO  NO  " ARREPENDIMENTO  DO  HACKER ",  MAS  AINDA  ACREDITO  MENOS  NA  URNA  ELETRÓNICA,  A  QUEM  TODOS  OS  POLÍTICOS  DESTE  PAÍS  TECEM  OS  MAIORES  ELOGIOS ! . . .
 
 
O  MAIS  ESTRANHO  NO  MEIO  DISTO  TUDO,  É  NÃO  TER  VISTO  NENHUM  COMENTÁRIO  SOBRE  ESTE  ASSUNTO  NA  COMUNICAÇÃO  SOCIAL !
 
 
PORQUE  SERÁ ? . . .



 

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