AFINAL, NÃO SE SALVA NINGUÉM ! . . .
REVISTA “ ISTO É “
10-05-2013
Relatório final do BC mostra
fraudes e grampos de um banco que adorava ajudar políticos.
O esquema montado pelo dono do banco Cruzeiro do Sul, Luis Octavio Azeredo
Indio da Costa, gerou um rombo de R$ 2,2 bi. Documentos relevam que o BC foi
grampeado pelos banqueiros, que doaram R$ 12 milhões a políticos. O maior
beneficiário foi José Serra
Na última semana, ISTOÉ teve acesso a um relatório
exclusivo da Comissão de Inquérito do Banco Central com novas revelações sobre
a bilionária fraude do Banco Cruzeiro do Sul, que sofreu intervenção em junho
do ano passado e foi liquidado três meses depois. O documento de 247 páginas
revela que o esquema criminoso montado pelos banqueiros Luis Felippe Indio da
Costa e Luis Octavio Azeredo Indio da Costa, pai e filho, foi ainda maior do
que a Polícia Federal e o Ministério Público tinham conseguido apurar. O banco
contou ainda com a omissão de grandes empresas de consultoria e até com um
aparato de arapongagem que garantia acesso a informações privilegiadas.
Na documentação, obtida com exclusividade por ISTOÉ,
pareceres e notas jurídicas revelam a incrível variedade de crimes cometidos e
o tamanho do golpe. Segundo o relatório, foram feitas 682 mil operações de
empréstimos fictícios – o dobro do que a PF e o Ministério Público imaginavam.
Os auditores do BC também concluíram que houve desvio de recursos por
triangulação e encontraram indícios veementes de lavagem de dinheiro e evasão
de divisas. O rombo deixado pela gestão fraudulenta dos Indio da Costa, que era
estimado em R$ 1,3 bilhão, ultrapassa os R$ 2,2 bilhões, conforme o relatório
do BC. Agora, a Polícia Federal quer saber se o dinheiro da fraude teve como
destino paraísos fiscais, contas de laranjas ou campanhas políticas, como a do
tucano José Serra.
Nas eleições de 2006, 2008 e 2010, o Cruzeiro do
Sul doou quase R$ 12 milhões para políticos de diversas legendas. O partido
mais beneficiado foi o PSDB. Em 2010, o Cruzeiro do Sul injetou R$ 1,2 milhão
na campanha do vice de Serra, Indio da Costa, primo do presidente do banco.
Também doou R$ 1,8 milhão diretamente para o diretório nacional do PSDB,
principal cofre da campanha serrista. Outro R$ 1,3 milhão foi distribuído para
diretórios tucanos empenhados na campanha de Serra. A instituição buscava
proteção financiando políticos e mantinha uma boa relação com os tucanos. Ainda
não é possível afirmar, no entanto, que o dinheiro que acabou nas campanhas
eleitorais tenha vindo direto das operações fraudulentas dos banqueiros. Mas a
PF já investiga essa possibilidade. …∕∕∕…
NOTA : AFINAL, É TUDO A MESMA COISA ! . . .
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