A PALAVRA E A ACÇÃO

IN JORNAL DO BRASIL, 15/06/2007
Nem Lula inibe crime no Rio
Kayo Iglesias e Rodrigo Camarão

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva imaginou que fazer um Pan-Americano no Brasil era fácil, mas mudou de idéia. Agora, promete transformar o Rio em um plano-piloto de segurança pública nacional. Não contava, entretanto, que no dia e na hora em que visitava a capital, as principais vias de acesso à cidade eram fechadas pela ação de traficantes. No Complexo do Alemão, a Força Nacional de Segurança, enviada para garantir a ordem, trocou tiros com bandidos e mostrou na prática o quanto o discurso é difícil de ser implementado.

Nem o presidente nem o governador Sérgio Cabral viram quando o tráfego de veículos foi interrompido na Linha Vermelha e na Avenida Brasil por causa do confronto de policiais e traficantes, às 11h40 de ontem. Nessa hora, aos pés do Cristo Redentor, Lula tinha acabado de criticar os brasileiros que "só falam mal do país". Dali, pegou o helicóptero e sobrevoou a cidade rumo ao Autódromo de Jacarepaguá.

Dez minutos depois do meio-dia, quando Lula se preparava para pousar em Jacarepaguá, a Linha Vermelha voltou a fechar, dessa vez por mais de uma hora. A quilômetros dali, o presidente entregou mil carros novos para o policiamento do Pan, tomou a palavra e anunciou:

- Nós resolvemos utilizar o Pan para tentar criar aqui no Rio um sistema de segurança pública que possa funcionar melhor do que em qualquer outro momento funcionou no Brasil.

NOTA : ASSIM VAI A PREPARAÇÃO PARA O PAN . . . DIFERENTE DE TUDO, É SER O PAN, PORQUE AS REACÇÕES DOS POLÍTICOS A ESTE GRAVÍSSIMO ESTADO DE COISAS, CONTINUA A SER O MESMO. . .