quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

. . . DINHEIRO PÚBLICO ! ! !

Jornal do Brasil
Orçamento prevê

56 mil novos cargos
para 2008
Fernando Exmam

Passada a disputa acerca da prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), governo e oposição se preparam para discutir o tamanho do Estado. Em recentes eventos públicos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que não abre mão de contratar mais servidores. Na tentativa de rebater as críticas de que inchará a máquina pública, argumentou que só assim aumentará a qualidade do serviço público. Já a oposição tentará impedir a contratação de mais funcionários pelos três Poderes.
A proposta do Orçamento enviada pelo governo ao Congresso define em até 56.348 as contratações a serem feitas no ano que vem pelos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além do Ministério Público da União. Se todos esses cargos forem preenchidos, as despesas no exercício somarão R$ 1,89 bilhão. O Executivo pretende contratar, no máximo, 40.032 pessoas. Os limites para Justiça e Congresso serão de 12.604 e 1.417, respectivamente. Já o Ministério Público poderá admitir até 2.295 funcionários, caso deputados e senadores não alterem o texto original do Projeto de Lei Orçamentária em tramitação.
- O discurso de que o Estado não pode contratar é o discurso daqueles que querem que o Estado seja inoperante - argumentou Lula no fim de outubro. - Se não for assim, o Estado sempre será manchete dos jornais por maus serviços prestados à população. Ou nós fazemos isso ou este país não vai para frente.
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), discorda. Para o tucano, o governo tem que poupar no custeio da máquina pública para poder investir mais em infra-estrutura. Devido à perspectiva de que a economia norte-americana enfrentará dificuldades no ano que vem e tais turbulências poderão prejudicar o Brasil, lembrou o parlamentar, "a hora é de ter mais juízo e parcimônia".
- A idéia de contratar mais servidores públicos é estapafúrdia - criticou o senador. - Precisamos de um governo que seja formiguinha, e não cigarra. Os três Poderes têm que cortar despesas. Para ter mais qualidade é preciso qualificar os servidores que já estão aí.
Apesar das recentes declarações do presidente Lula, integrantes da área econômica do governo não acreditam que todas as contratações sairão do papel. Até agora, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão só autorizou a realização de concursos no ano que vem para 3.117 vagas. O Ministério da Previdência Social será o mais beneficiado. Contratará 2 mil pessoas. A Controladoria-Geral da União (CGU) contará com mais 400 funcionários concursados. Os outros órgãos contemplados foram os ministérios do Desenvolvimento (208 vagas), de Minas e Energia (158), do Meio Ambiente (83) e da Ciência e Tecnologia (268).
Segundo o Ministério do Planejamento, Executivo, Legislativo e Judiciário tinham até setembro 1.108.000 servidores na ativa. Estão aposentados 529.494 funcionários públicos. Outros 441.113 são pensionistas. O Executivo responde pela maior parcela, com 998.469 servidores em atividade. O Legislativo tem um quadro de 24.493 trabalhadores, enquanto o Judiciário conta com um de 85.038.
Na comparação com 2003, o número de servidores públicos nos três Poderes cresceu 15,27%. Em relação ao ano de 1997, o aumento foi de 11,49%.

NOTA : . . . E A CPMF, NÃO FOI APROVADA ! . . . IMAGINEM, SE FOSSE ! . . .

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