quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

É MESMO ASSIM QUE SE FAZ POLÍTICA NO BRASIL ! ! ! . . . E QUE SE ENRIQUECE TAMBÉM . . .















21-02-2009
FOLHA - S, PAULO
PMDB ORIENTA FURNAS A TROCAR COMANDO DE FUNDO DE PENSÃO
ELVIRA LOBATO

Pela terceira vez em menos de dois anos, o PMDB tenta destituir o presidente e o diretor financeiro do Real Grandeza, fundo de pensão dos empregados da estatal Furnas Centrais Elétricas e de parte dos funcionários da também estatal Eletronuclear. Os dois têm mandato até outubro.

A proposta de substituição será votada em reunião extraordinária do conselho deliberativo do fundo de pensão, convocada para a próxima quinta, depois do Carnaval.

Furnas é a maior geradora estatal de energia elétrica do país. Com carteira de investimentos de R$ 6,5 bilhões, e 12,5 mil associados, o Real Grandeza é o 11º maior fundo de previdência privada fechada do país.

A movimentação para a troca do presidente da fundação, Sérgio Wilson Ferraz Fontes, e do diretor de investimentos, Ricardo Gurgel Nogueira, desencadeou mais uma crise interna na empresa, com protestos diários de aposentados e de ameaças de greve por sindicatos dos eletricitários de vários Estados.

Em mensagem, ontem, aos empregados, o presidente de Furnas, Carlos Nadalutti Filho, alegou que a empresa não tem sido tratada com o merecido respeito pela administração do fundo de pensão, e que, neste cenário, o ministro Edison Lobão (PMDB-MA) orientou a troca da diretoria executiva.

Anteontem, o presidente do conselho deliberativo do fundo de pensão, Victor Albano Esteves, nomeado por Furnas, formalizou a proposta de substituição do presidente Sérgio Wilson Fontes por Eduardo Henrique Garcia, gerente da área financeira de Furnas, que acumularia, interinamente, a diretoria de investimentos.

Dois conselheiros, nomeados por Furnas, Ronaldo Neder (titular) e Marcos Vinicius Vaz (suplente) renunciaram aos cargos anteontem. Para o lugar de Neder, a empresa indicou Luiz Roberto Bezerra, chefe-de-gabinete de Nadalutti Filho.

Em mensagem aos funcionários, Nadalutti acusou as entidades representantes dos empregados e aposentados, que se opõem à mudança, de desrespeitar o processo "democrático" previsto no estatuto do fundo, que permite aos conselheiros substituir a diretoria executiva no meio do mandato.

As duas tentativas anteriores de substituição aconteceram em novembro de 2007 e em setembro de 2008, na gestão do ex-prefeito do Rio, Luiz Paulo Conde (PMDB-RJ), como presidente de Furnas. Conde ocupou o cargo por indicação do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e foi substituído por Nadalutti Filho, funcionário de carreira de Furnas, também indicado pelo partido.

Na primeira tentativa de Conde, a troca foi rejeitada pelos seis membros do conselho deliberativo do fundo. Após a votação, os dois conselheiros nomeados por Furnas renunciaram, e foram substituídos.

Em setembro de 2008, Conde tentou requisitar a volta dos dois diretores-executivos do fundo de pensão para Furnas, mas a ideia também foi recusada pela diretoria da estatal.

Segundo o conselheiro Horácio Oliveira, representante dos aposentados, o Real Grandeza teve rentabilidade de 2,4% no ano passado, apesar da crise, e de 80% no acumulado dos últimos três anos. De acordo com a Abrapp --entidade dos fundos de pensão-- a média do setor teve rentabilidade negativa de 0,7% no ano passado.

Em entrevista à Folha, o presidente do conselho deliberativo do Real Grandeza, Victor Albano, disse que a substituição não tem relação com o desempenho financeiro. "É claro que a direção atual fez boa administração, principalmente diante da anterior, que deixou prejuízo de R$ 150 milhões com investimentos no Banco Santos." Segundo ele, o conselho tem prerrogativa de substituir diretores a qualquer momento.

O deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) é apontado, tanto pelas entidades representantes dos empregados ativos de Furnas quanto pelas dos aposentados, como o principal interessado na destituição do presidente e do diretor de investimentos do fundo de pensão Real Grandeza.

A nomeação do ex-prefeito do Rio de Janeiro Luiz Paulo Conde para a presidência de Furnas, em agosto de 2007, foi atribuída a uma compensação do governo Lula a Eduardo Cunha por seu parecer favorável à prorrogação da CPMF. Ele foi o relator do projeto na Câmara.

À Folha o deputado admitiu ter indicado o nome de Conde para o comando de Furnas Centrais Elétricas, mas negou a acusação de que teria atrasado a apresentação do relatório sobre a emenda da CPMF à espera da nomeação. "O nome dele já havia sido aprovado antes de eu ser escolhido relator da emenda", declarou.

Cunha diz que não está acompanhado a atual movimentação da presidência de Furnas para substituir os executivos do fundo de pensão. "Nunca participei de discussões sobre a Fundação Real Grandeza, mas não vejo problema em a direção de Furnas querer trocar a administração do fundo de pensão. Espalham essa versão para me atingir."

NOTA : APENAS . . . NOJENTO !

PIOR AINDA, SERÁ COM A CUMPLICIDADE (?) DO PRESIDENTE DA REPUBLICA, QUE SE VÊ OBRIGADO, EM NOME DA GOVERNABILIDADE, A PACTUAR COM ISTO ?

E O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, QUE SE LAVANTOU AGORA ( E MUITO BEM ! ) CONTRA OS SUBSÍDIOS AOS MOVIMENTOS DE SEM - TERRA, O QUE É QUE DIRÁ A ESTE ASSUNTO ?

DIRÁ ALGUMA COISA ? OU ASSISTIREMOS A MAIS UM DAQUELES COSTUMADOS " ENSURDECEDORES SILÊNCIOS " ?

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