segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

A PROSTITUTA DA CRISE, E A CRISE DAS PROSTITUTAS


CORREIO DA
MANHÃ - LISBOA
02 - 02 - 2009

Prostituição:
Custos
elevados
em casas
levam
para a rua Clientes
querem
sexo
mais barato

Rui Pando Gomes

É uma actividade como tantas outras e está igualmente a sofrer com a crise financeira. As dificuldades no negócio do sexo no Algarve estão a levar dezenas de prostitutas para as estradas, com destaque para a EN125 – a principal via da região turística – onde cerca de 20 mulheres estão a oferecer serviços sexuais.
Os números, ao que o CM conseguiu apurar, são bastante reveladores e apontam para a quase duplicação das mulheres a escolherem as estradas para ganhar a vida a vender o corpo. A razão é simples: "Os clientes querem sexo cada vez mais barato e trabalharem em apartamentos começa a custar muito dinheiro", justificou Daniela ao CM, uma estrangeira ligada ao negócio do sexo em apartamentos da região.
Segundo dados apurados pelo nosso jornal através do MAPS – Movimento de Apoio à Problemática da Sida –, há neste momento nas ruas da região cerca de 150 mulheres a prostituir-se. Portimão, Quarteira, Olhão e, recentemente, ao longo da EN125 são as zonas preferidas para o negócio. Em 2007 o número não chegava a 80 mulheres, o que significa que quase duplicou durante o ano de 2008.
A psicóloga Ana Ismael, que integra as equipas de rua do MAPS, não tem dúvidas de que "a prostituição de estrada está a aumentar na região".
Segundo esta responsável "muitas mulheres trabalham em apartamentos e depois vão para a rua para ganharem mais dinheiro".
"MUITOS PEDEM DESCONTO"
Era estudante na Roménia. Ana (nome fictício) é uma das jovens que diariamente estão na berma da EN125. São 15 a 20, todas de origem romena. Ana confirma que "o negócio está muito mau". Diz ter 20 anos e uma filha no país do origem. Está em Portugal há 8 meses e cobra 20 euros por "sexo vaginal e oral". Conta que "os clientes não têm dinheiro " e muitos pedem descontos: "Querem sexo a cinco ou dez euros".
As mulheres que se prostituem em apartamentos têm "despesas muito altas", com preços cada vez mais baixos, queixa-se Daniela (nome fictício), brasileira na prostituição há mais de dez anos e agora a gerir dois apartamentos. "Antigamente sexo oral ao natural era cem euros, agora há meninas que levam 25 até ao fim". Os clientes pedem descontos, mas diz que não baixa dos 30 euros por serviço.
A maioria das mulheres que se prostituem na EN125 é de origem romena. Ao que o CM apurou junto de fonte do SEF, "a maioria já passou por Itália e Espanha e tem Visto de turista". Talvez por isso, quando contactadas pelo CM, as jovens tenham dito estar em Portugal há poucos meses.
O perigo de trabalharem à beira da estrada obriga o grupo de mulheres a controlar os carros dos clientes das colegas e o tempo que demoram. Estão espalhadas pela Nacional 125 entre Albufeira e Boliqueime e na berma, permanentemente com um telemóvel na mão.
Entre o grupo de romenas estão três jovens menores. "Dizem que têm 18 anos, mas têm aspecto de ser mais novas", referiu ao CM fonte do MAPS.

NOTA : A CRISE CHEGA A TODO O LADO, ATÉ A SEGUEMENTOS PROFISSIONAIS, QUE JAMAIS SE ESPERARIA, QUE VIESSEM A SER ATINGIDOS !

ESTAS MOÇAS, BEM SE PODEM LAMENTAR DOS SEUS FILHOS, QUE DEIXARAM CHEGAR ISTO ONDE CHEGOU, PREJUDICANDO, E DE QUE MANEIRA, OS NEGÓCIOS DAS MAMÃS . . .


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