BOAS CONTAS, FAZEM BONS AMIGOS - ONDE É QUE EU JÁ OUVI ISTO ?...
Empreiteiras bancaram 11,42% das campanhas dos governadores
Investigado pela PF, Jackson Lago, do Maranhão, é o recordista de
contribuições do setor, com 35,4%
Wilson Tosta, RIO
Empreiteiras, construtoras, empresas de engenharia e congêneres bancaram 11,42% da receita declarada oficialmente pelos 27 governadores em suas campanhas eleitorais em 2006 - R$ 25.319.217,00 de R$ 221.564.164,12, segundo levantamento feito pelo Estado nas contas registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O recordista, em termos proporcionais, é o governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT), investigado pela Polícia Federal na Operação Navalha, que teve bancado pelo setor 35,40% do dinheiro que arrecadou. A Construtora Gautama, também objeto da investigação da PF, não consta, porém, da sua lista de financiadores.
Dos Estados com maior eleitorado, o governador com mais apoio da área foi o do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), com 24,63%.Da lista de contribuições legais dadas a Lago no ano passado, constam a da CEM Construções e Estruturas Metálicas, de São Luís, que doou R$ 400 mil em 24 de novembro, depois do segundo turno da eleição, e a da Dimensão Engenharia e Construções, que deu R$ 250 mil, três dias depois. “Não há nenhuma ligação com o governo, hoje não tem como direcionar uma licitação, são concorrências nacionais”, defende José Raimundo Pinheiro Neto, chefe da Assessoria de Comunicação Social de Lago. Ele exemplifica com a licitação para construção da estrada de Barreirinhas a Parnaíba, ganha pela Sucesso, a mesma empreiteira que fizera trecho anterior. “As relações da Sucesso são mais com o grupo Sarney.”Já Cabral Filho recebeu apoio de empresas de projeção nacional, como a Carioca Christiani Nielsen Engenharia, que em quatro doações somou R$ 700 mil. Outros contribuintes de destaque foram CBPO (R$ 600 mil) e OAS (R$ 800 mil). Por intermédio de sua assessoria de imprensa, Cabral Filho informou que não comentaria o assunto.Proporcionalmente, o segundo governador com mais contribuições de empreiteiras foi Waldez Góes (PDT), do Amapá, com 33,63% - R$ 828.950,00 de um total de receitas de R$ 2.464.650,00. O terceiro colocado é o petista Binho Marques, do Acre, com 30,18%. Seu companheiro de partido Jaques Wagner, da Bahia, aparece com 20,75%. Das contribuições para o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), 19,8% foram de empreiteiras. Esse índice foi de 9% na campanha do governador de São Paulo, José Serra (PSDB).
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