domingo, 5 de agosto de 2007

NEM O CEMITÉRIO ESCAPA ! . . .

O DIA - 4/8/2007
Leslie Leitão
Catumbi: Terror nas

áreas vizinhas
Bando limita circulação
no cemitério, que já serviu
de esconderijo, e rua fica
vazia em confrontos


Traficantes do Catumbi prontos para começo de nova guerra
Quase 11h de quarta-feira, dia 1º. Quando a equipe de O DIA chega ao Cemitério São Francisco de Paula para tentar entender a rotina de medo de funcionários e o drama de parentes que estão ali para enterros de entes queridos, um corpo estendido entre túmulos resume a situação. As marcas de sangue denunciam a execução. “Não tem sangue pingando de lugar nenhum indicando que a vítima veio ferida. Executaram o cara aqui dentro”, analisa um coveiro.
A 6ª DP (Cidade Nova) apura o caso e, apesar de não descartar a hipótese de ser um crime relacionado ao tráfico, também não confirma. No cemitério, não há quem ouse desobedecer as ordens vindas dos bandidos da Mineira. “Ninguém pode perambular aqui de madrugada. Eles estão com medo de uma nova invasão e aqui é um dos caminhos”, explica um outro funcionário.
Assim como o cemitério, outras referências da região, como o Túnel Santa Bárbara e o Sambódromo, estão na mira dos bandidos, que transformaram o Catumbi numa área em acelerado processo de decadência. A Rua Itapiru fica vazia a cada conflito pela proximidade com a favela. Em 1980, havia 17 mil moradores no bairro, segundo o censo do IBGE. Em 91, o número caiu para 15 mil. Nove anos depois, eram 13 mil moradores.
“O processo de degradação de um bairro é verificado com a saída da população. A fuga iniciada nos anos 70, quando a região começou a ser abandonada pelo poder público, vive hoje seu auge”, explica um geógrafo. “Não existem novos moradores no Catumbi”, conclui. Hoje, cerca de sete mil pessoas moram nos barracos da Mineira e seis mil em residências no ‘asfalto’.
DESVALORIZAÇÃO
Segundo pesquisa do Núcleo de Estudos Urbanos da Universidade Federal Fluminense (UFF), o valor dos imóveis na área caiu 40% na última década. Uma corretora de imóveis com 18 anos de atuação atesta o problema: “Onde você vai comprar um apartamento de três quartos por menos de R$ 100 mil? Aqui se encontra imóveis por até R$ 40 mil. Mesmo assim, é difícil vender”.
Para donos dos imóveis, o drama é maior. “Gostaria de sair daqui, mas para onde vou?”, questiona uma comerciante, mãe de duas crianças pequenas. A moradora X. cultiva o mesmo sonho. Ela teve que ficar dois meses sem ir à aula porque presenciou um ato de violência. “Vi traficantes executarem um homem perto de mim”, lembra a jovem, de 16 anos.
NOTA : A VIOLÊNCIA RECRUDESCE NO RIO, E AQUILO QUE TODA A GENTE IMAGINAVA PODER VIR A ACONTECER, ESTÁ AÍ, MAIS REAL QUE NUNCA !
BANDIDAGEM ARMADA ATÉ AOS DENTES, JÁ NEM SE IMPORTAM DE PODEREM SER FOTOGRAFADOS PELA POLÍCIA OU JORNALISTAS, E MAIS TARDE PODEREM VIR A SER IDENTIFICADOS E INDICIADOS.
NUM PAÍS " NORMAL ", ESTES FORA - DA - LEI, SERIAM UM ALVO FÁCIL DE ATIRADORES ESPECIAIS, QUE COM ARMAMENTO DE PRECISÃO E TREINO ADEQUADO, NÃO ESPERARIAM POR MAIS OUTRA OPORTUNIDADE, PARA SIMPLESMENTE OS ELIMINAR.
NÃO TOMANDO ESTA MEDIDA, ESTAMOS A PROMOVER A MORTE DE INOCENTES, O APARECIMENTO DE MAIS BALAS PERDIDAS, E A CONSTANTE INSEGURANÇA EM QUE A CIDADE DO RIO DE JANEIRO VIVE.
AS ACÇÕES DO CRIME ORGANIZADO, TEM POUCO A VER JÁ, COM O DELITO DO TRÁFICO DE DROGA, E TIPIFICA MAIS, UMA GUERRA CIVIL DO QUE OUTRA COISA QUE LHE QUEIRAM CHAMAR.
O TRÁFICO NÃO SE LIMITA AOS SEUS NEGÓCIOS, COM AS PERDAS E DANOS INERENTES ( ENTENDA-SE, ÓBITOS ) À SUA ACTIVIDADE.
OS TENTÁCULOS DESTA ORGANIZAÇÃO, INFILTRA ELEMENTOS NAS FORÇAS DA ORDEM, SUBORNA ELEMENTOS DAS FORÇAS DA ORDEM, ASSALTA E DESVIA ARMAMENTO DAS FORÇAS DA ORDEM, ELIMINA ELEMENTOS DAS FORÇAS DA ORDEM, E ALTERA, NÃO POUCAS VEZES, A ORDEM PÚBLICA, A QUE A SOCIEDADE TEM DIREITO.
SE ISTO, NÃO É UMA GUERRA CIVIL, O QUE SE PODERÁ CHAMAR ?

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