O ESTADO DE GUERRA CIVIL, FINALMENTE RECONHECIDO

06/08/2007

PORTAL GLOBO
Cota para filho de

policial morto

gera debate

Nova medida só vale para o vestibular da Uerj. Policiais federais também querem ser contemplados.
O governador do Rio, Sérgio Cabral, sancionou no mês de julho uma lei que inclui no sistema de cotas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) os filhos de policiais civis e militares, bombeiros, inspetores de segurança e de administração penitenciária que foram mortos em serviço ou ficaram inválidos permanentemente. A nova medida está gerando polêmica no meio acadêmico.
A Lei Ordinária nº 5074/07, cujo projeto é de autoria do deputado Álvaro Lins (PMDB), altera a Lei nº 4.151/03, que antes só estabelecia 5% das vagas para minorias étnicas e pessoas com deficiência.

NOTA : NÃO DEIXA DE SER CURIOSO QUE AS AUTORIDADES RECONHEÇAM, QUE AFINAL, NO RIO DE JANEIRO, A SITUAÇÃO É BEM MAIS COMPLICADA, DO QUE A SIMPLES DELINQUÊNCIA, QUE NA MAIORIA DAS VEZES, AS AUTORIDADES, QUEREM FAZER CRER.

MEDIDAS COMO ESTA, SÃO COMUNS EM PAÍSES QUE ATRAVESSARAM OU ATRAVESSAM PERÍODOS DE GUERRA. EM PORTUGAL HAVIA TAMBÉM BENESSES PARA ÓRFÃOS DE MILITARES AQUANDO DA GUERRA COLONIAL. EM FRANÇA, PARA OS ÓRFÃOS DA ARGÉLIA, NOS ESTADOS UNIDOS PARA OS ÓRFÃOS DAS GUERRAS NA INDOCHINA E VIETNAME, JÁ PARA NÃO FALAR NOS PAÍSES DO LESTE EUROPEU, NO TEMPO DA DITADURA.

O ESTADO DO RIO DE JANEIRO, AO PROPOR E APROVAR LEGISLAÇÃO DESTA NATUREZA, ESTÁ IMPLICITAMENTE A RECONHECER UM ESTADO DE EXCEPCIONAL VIOLÊNCIA, QUE SÓ CONTEMPLA, FAMILIARES DE MILITARES, QUANDO UMA BOA PARTE DAS VÍTIMAS, É, DIRECTA E INDIRECTAMENTE TAMBÉM, A POPULAÇÃO CIVIL.

A DIFERENÇA, É SÓ UMA. É QUE NOS OUTROS PAÍSES, RECONHECIA-SE A GUERRA E AQUELES QUE NELA COMBATIAM.

AQUI, TENTA-SE AMENIZAR A VIDA DE SOBREVIVENTES, DE UMA VIOLÊNCIA URBANA, QUE POR INCOMPETÊNCIA E OBSCUROS INTERESSES, NÃO SE CONSEGUE, ( OU NÃO INTERESSA ) CONTROLAR.