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Folha Online
01/08/2009
Líderes da Renascer chegam ao Brasil após prisão nos EUA
Os fundadores da igreja Renascer em Cristo --o apóstolo Estevam Hernandes e a bispa Sônia-- chegaram neste sábado pela manhã ao Brasil, após cumprirem pena nos Estados Unidos pelos crimes de contrabando de dinheiro e conspiração para contrabando de dinheiro.
Eles foram detidos em janeiro de 2007 quando entravam no país com US$ 56,4 mil escondidos em uma bolsa, na capa de uma Bíblia, em um porta-CDs e em uma mala. Pela lei, eles deveriam ter informado, na alfândega, que portavam mais de US$ 10 mil.
De acordo com a assessoria da Renascer, o retorno ao país foi antecipado em 15 dias "por problemas de saúde na família", com autorização da Justiça americana.
Além dos 140 dias de reclusão cumpridos em penitenciárias dos Estados Unidos, Estevam e Sônia foram condenados a cinco meses de prisão domiciliar, dois anos de liberdade condicional e multa de US$ 30 mil para cada um.
Antes da condenação, em agosto de 2007, o casal ficou em liberdade condicional e vigiada: sua circulação estava restrita ao condomínio de luxo em Miami, no qual possui residência, e a alguns lugares da cidade, como consultórios médicos. À época, todos os seus deslocamentos eram monitorados por um aparelho eletrônico preso ao tornozelo de cada um.
Segundo a assessoria da igreja, o casal não deve conceder entrevistas sobre o retorno ao país.
Outros processos
O casal se envolveu em outros processos também no Brasil. No início deste ano o STJ (Superior Tribunal de Justiça) trancou uma ação penal por sonegação fiscal contra o casal, que tramitava na 1ª Vara Criminal Federal de São Paulo.
Segundo denúncia do Ministério Público Federal, entre abril e junho de 2000, o casal, proprietário da empresa Publicações Gamaliel, suprimiu tributos --IRPF (Imposto de Renda Pessoa Física)-- que deveriam ter sido recolhidos aos cofres públicos, mediante fraude à fiscalização tributária.
O advogado Luiz Flávio Borges D'Urso, que defende o casal, explicou que o processo teve origem a partir de um auto de infração, que pode ser revogado.
A Justiça de São Paulo também suspendeu uma outra ação criminal por suposta sonegação fiscal praticada pelo casal Hernandes na empresa Gamaliel. Porém, nesta ação, o casal responde por sonegação de tributos estaduais, como o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).
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