NINGUÉM PERDOA AO " CARA ", A CARA DE PAU DE TER IDO A CUBA E FICAR CALADO
Lula criticado por apoiar irmãos Castro
O principal partido de oposição brasileira, o Democratas (DEM), divulgou um comunicado, assinado pelo seu presidente Paulo Bornhausen, no qual se afirma que "Lula envergonha o Brasil ao se curvar para um dos maiores ditadores do planeta ainda vivo". A nota do DEM afirma que o Presidente deu uma "demonstração inequívoca de desrespeito dos direitos humanos".
Afirma a nota do DEM: " Enquanto o cidadão cubano Orlando Zapata Tamayo morria dentro de um hospital do Governo cubano, Lula e o seu assessor de imprensa se fotografavam o ditador Fidel Castro."
Um deputado da oposição, Raul Jungmann, do PPS, não teve dúvidas em afirmar: "Foi um péssimo dia para a postura vacilante da diplomacia brasileira em relação aos episódios de Cuba."
No jornal O Estado de São Paulo, o articulista Marcos Guterman sublinhou: "Ao lado de Raúl Castro, com quem estava tratando de "negócios", Lula ouviu o ditador cubano afirmar que 'lamentava' a morte do dissidente e que, naturalmente, "não temos tortura e nem desrespeito aos direitos humanos" em Cuba. O Presidente brasileiro nada disse. Lula terá nova oportunidade de se calar ante violações de direitos humanos cometidas pelos cínicos "parceiros" do Brasil quando for ao Irão, em outra de suas viagens de 'negócios'. Como se sabe, os dissidentes iranianos não precisam morrer de fome; eles morrem enforcados."
Ainda mais duro foi o editorial do mesmo jornal, ao referir: "Lula conseguiu superar o ditador Raúl Castro em matéria de cinismo e escárnio. Este é um escândalo internacional e Lula participa pela confraternização com os perpetradores de um crime continuado que já dura há 51 anos."
O Globo expressou a sua opinião nesta matéria pela pena da colunista Miriam Leitão num artigo significativamente intitulado "Ilha Presídio". "Foi constrangedor ver a cena de Lula e dos seus assessores rindo ao lado dos Castros de Cuba, enquanto o Governo cubano prendia os amigos de Orlando Zapata, que tentavam comparecer ao enterro. A mãe de Zapata disse que ele era torturado sistematicamente; o desespero foi tal que ele ficou 84 dias sem comer. E lá estava o nosso Presidente sorrindo e brincando com os ditadores."