E A NOÇÃO ELEMENTAR DAS PRIORIDADES ? . . .
27-02-2010
Cães têm personal dog,
joias e até convites para
eventos sociais
Flávio Dilascio
RIO - Diz a sabedoria popular que o cachorro é o melhor amigo do homem. Para algumas famílias, porém, esta relação vai muito além. Nos últimos anos – principalmente na alta sociedade carioca –, o cão vem se tornando parte integrante de vários lares, levando vidas semelhante às de seus donos. Os bichinhos possuem tanta importância que seus donos não pensam na hora de economizar na hora de cuidar de seus “filhos”.
– Já que as ruas da nossa cidade são muito sujas, decidi comprar uma esteira para a nossa cachorrinha caminhar por cerca de 15 minutos por dia – diz o cerimonialista Ricardo Stambowsky, uma das personalidades mais conhecidas da alta sociedade carioca.
Há seis anos, ele e sua esposa, Suely, trouxeram para a casa a pequena Chloé, uma cadela da raça daschund. Em pouco tempo, a cachorra virou o xodó da família, recebendo todos os tipos de mimos.
– Decidi ter uma cadela da raça dela ao ver uma daschund na casa de uns amigos em Nova York. Quando voltamos ao Brasil, decidimos comprar uma e posso dizer que ela mudou a vida de nossa família ao chegar aqui – afirma a socialite Suely Stambowsky.
Por ser membro de uma família tradicional, Chloé só veste roupas de etiqueta e possui uma casinha personalizada, onde repousa durante o dia.
– Esta casinha foi um presente do nosso amigo decorador Leonardo Araújo. Ela gosta muito de ficar lá, mas à noite ela dorme com a gente na cama – revela Ricardo.
Todas as quintas-feiras, Chloé tem aulas com um adestrador, que a ensina a fazer posições específicas e a distinguir suas dezenas de brinquedos.
– A Chloé não se dá muito com cachorros, pois ela pensa que é gente. Ela só se dá bem com as cachorras da minha prima – revela Suely, que diz que a cadela participa dos eventos sociais em sua residência.
Outra canina das mais famosas do Rio é a cadela da raça pug, Perepepê, da socialite Vera Loyola. Com 9 anos, ela é a única “filha canina” da empresária, já que sua outra xodó, a cadela Pepezinha faleceu em 2002. Perepepê – que sofre atualmente de diabetes – ficou famosa ao “doar” um colar de ouro (18 quilates) ao programa Fome Zero no início do governo Lula, em 2003.
– Gosto dos animais, pois acho eles uma companhia maravilhosa. A Perepepê é como se fosse minha filha – afirma Vera, que lamenta que sua cadela tenha de tomar doses diárias de insulina e retirar sangue da orelha para tratar da diabetes.
A grande devoção da população brasileira pelos cachorros fez crescer a oferta de serviços para quem tem o animal em casa. Antes resumidos a adestramento e medicina veterinária, os serviços hoje contam com atividades antes restritas a humanos, como hidromassagem, psicologia, dermatologia, acupuntura e ultrassonografia.
Um destes templos caninos é a clínica veterinária e pet shop Animália, no Itanhangá. De propriedade dos empresários Frances Marie Tims e Renato Campelo Costa, a clínica costuma atrair muitos famosos, que levam seus cãezinhos ao local para usufruírem dos benefícios.
– Tratamos dos cães do Miguel Falabella, Suzana Vieira, Nívea Maria e Reginaldo Faria, além de vários outros famosos. Recebemos gente de todas as partes da cidade, inclusive de fora do Rio – comenta Frances Marie, que comemora o seu sucesso no negócio. – Criamos a empresa há 15 anos e, de lá para cá, a coisa mudou muito, pois passamos a ter de ofertar mais serviços, pois a concorrência aumentou. Hoje o cliente procura algo mais especializado para o seu animal.
Na Zona Sul, também há uma grande oferta de serviços para cães de estimação. Uma delas é a Clínica Veterinária Pet Shop Boy, no Leblon, que, diferentemente na Animália, possui um estilo mais tradicional de atendimento.
– Aqui só fazemos consulta veterinária e banhos. As consultas custam R$ 85. Os banhos variam entre R$ 22 e R$ 70 – afirma o dono da Pet Shop Boy, Marcelo Waksman.
Nada se compara, entretanto, à criatividade da ex-dublê Mônadda Kiin, que criou, há dois anos, o serviço de personal dog. Com preços que variam entre R$ 250 e R$ 350 por mês, ela ensina noções básicas aos animais em uma hora diária – de segunda a sexta – de passeios pela Zona Sul.
– Como tenho facilidade para ensinar, ensino coisas básicas aos cachorros, como não urinar em locais inadequados. Faço ainda simulações do dia a dia para que o animal desenvolva dons que ele esteja pré-disposto a desenvolver – diz Mônadda, que atende atualmente 20 cães.
– Todo cérebro quer sempre aprender, seja humano ou animal – explica.
A Prefeitura do Rio pretende instalar, até o final deste ano, 15 parques específicos para cachorros, nos moldes do existente na Lagoa Rodrigo de Freitas, na altura do Corte do Cantagalo. Os logadouros terão brinquedos específicos, pontos de água e porta fezes com sacos plásticos biodegradáveis. Até o fim do ano, será inaugurado também um parque temático canino, na Barra da Tijuca. A iniciativa é do diretor de projetos especiais da Secretaria de Defesa dos Animais, Marco Antônio “Totó”. O parque será particular.
– Há uns 20 ou 30 anos, o cachorro vivia no quintal de casa. Hoje, é necessário mais opções, pois o mercado mudou e os donos dos bichos estão mais exigentes – explica Totó.
O parque temático – que ganhará até uma praia artificial – terá 22 mil metros quadrados e poderá receber até 400 cães simultaneamente. Os preços das diárias serão R$ 30 para cachorros médios e grandes e R$ 20 para animais pequenos. Os proprietários que quiserem acompanhar seus bichos terão de pagar R$ 5.
– Teremos ainda pista de agility (hipismo canino), adestramento, day care, ofurô, salão de festas para aniversário de cães, stands de exposições e lançamentos do mercado, passeio rústico, áreas de lazer e piquenique – enumera o empresário.
Segundo Totó, uma comissão formada por membros da Secretaria Municipal do Meio Ambiente têm percorrido praças em diversas localidades do Rio, com o intuito de democratizar as áreas de lazer para cães.
– Uma coisa é certa: teremos parques para cachorros em todas as regiões da cidade, pois os caninos são os melhores amigos dos homens de todas as classes.
Flávio Dilascio
RIO - Diz a sabedoria popular que o cachorro é o melhor amigo do homem. Para algumas famílias, porém, esta relação vai muito além. Nos últimos anos – principalmente na alta sociedade carioca –, o cão vem se tornando parte integrante de vários lares, levando vidas semelhante às de seus donos. Os bichinhos possuem tanta importância que seus donos não pensam na hora de economizar na hora de cuidar de seus “filhos”.
– Já que as ruas da nossa cidade são muito sujas, decidi comprar uma esteira para a nossa cachorrinha caminhar por cerca de 15 minutos por dia – diz o cerimonialista Ricardo Stambowsky, uma das personalidades mais conhecidas da alta sociedade carioca.
Há seis anos, ele e sua esposa, Suely, trouxeram para a casa a pequena Chloé, uma cadela da raça daschund. Em pouco tempo, a cachorra virou o xodó da família, recebendo todos os tipos de mimos.
– Decidi ter uma cadela da raça dela ao ver uma daschund na casa de uns amigos em Nova York. Quando voltamos ao Brasil, decidimos comprar uma e posso dizer que ela mudou a vida de nossa família ao chegar aqui – afirma a socialite Suely Stambowsky.
Por ser membro de uma família tradicional, Chloé só veste roupas de etiqueta e possui uma casinha personalizada, onde repousa durante o dia.
– Esta casinha foi um presente do nosso amigo decorador Leonardo Araújo. Ela gosta muito de ficar lá, mas à noite ela dorme com a gente na cama – revela Ricardo.
Todas as quintas-feiras, Chloé tem aulas com um adestrador, que a ensina a fazer posições específicas e a distinguir suas dezenas de brinquedos.
– A Chloé não se dá muito com cachorros, pois ela pensa que é gente. Ela só se dá bem com as cachorras da minha prima – revela Suely, que diz que a cadela participa dos eventos sociais em sua residência.
Outra canina das mais famosas do Rio é a cadela da raça pug, Perepepê, da socialite Vera Loyola. Com 9 anos, ela é a única “filha canina” da empresária, já que sua outra xodó, a cadela Pepezinha faleceu em 2002. Perepepê – que sofre atualmente de diabetes – ficou famosa ao “doar” um colar de ouro (18 quilates) ao programa Fome Zero no início do governo Lula, em 2003.
– Gosto dos animais, pois acho eles uma companhia maravilhosa. A Perepepê é como se fosse minha filha – afirma Vera, que lamenta que sua cadela tenha de tomar doses diárias de insulina e retirar sangue da orelha para tratar da diabetes.
A grande devoção da população brasileira pelos cachorros fez crescer a oferta de serviços para quem tem o animal em casa. Antes resumidos a adestramento e medicina veterinária, os serviços hoje contam com atividades antes restritas a humanos, como hidromassagem, psicologia, dermatologia, acupuntura e ultrassonografia.
Um destes templos caninos é a clínica veterinária e pet shop Animália, no Itanhangá. De propriedade dos empresários Frances Marie Tims e Renato Campelo Costa, a clínica costuma atrair muitos famosos, que levam seus cãezinhos ao local para usufruírem dos benefícios.
– Tratamos dos cães do Miguel Falabella, Suzana Vieira, Nívea Maria e Reginaldo Faria, além de vários outros famosos. Recebemos gente de todas as partes da cidade, inclusive de fora do Rio – comenta Frances Marie, que comemora o seu sucesso no negócio. – Criamos a empresa há 15 anos e, de lá para cá, a coisa mudou muito, pois passamos a ter de ofertar mais serviços, pois a concorrência aumentou. Hoje o cliente procura algo mais especializado para o seu animal.
Na Zona Sul, também há uma grande oferta de serviços para cães de estimação. Uma delas é a Clínica Veterinária Pet Shop Boy, no Leblon, que, diferentemente na Animália, possui um estilo mais tradicional de atendimento.
– Aqui só fazemos consulta veterinária e banhos. As consultas custam R$ 85. Os banhos variam entre R$ 22 e R$ 70 – afirma o dono da Pet Shop Boy, Marcelo Waksman.
Nada se compara, entretanto, à criatividade da ex-dublê Mônadda Kiin, que criou, há dois anos, o serviço de personal dog. Com preços que variam entre R$ 250 e R$ 350 por mês, ela ensina noções básicas aos animais em uma hora diária – de segunda a sexta – de passeios pela Zona Sul.
– Como tenho facilidade para ensinar, ensino coisas básicas aos cachorros, como não urinar em locais inadequados. Faço ainda simulações do dia a dia para que o animal desenvolva dons que ele esteja pré-disposto a desenvolver – diz Mônadda, que atende atualmente 20 cães.
– Todo cérebro quer sempre aprender, seja humano ou animal – explica.
A Prefeitura do Rio pretende instalar, até o final deste ano, 15 parques específicos para cachorros, nos moldes do existente na Lagoa Rodrigo de Freitas, na altura do Corte do Cantagalo. Os logadouros terão brinquedos específicos, pontos de água e porta fezes com sacos plásticos biodegradáveis. Até o fim do ano, será inaugurado também um parque temático canino, na Barra da Tijuca. A iniciativa é do diretor de projetos especiais da Secretaria de Defesa dos Animais, Marco Antônio “Totó”. O parque será particular.
– Há uns 20 ou 30 anos, o cachorro vivia no quintal de casa. Hoje, é necessário mais opções, pois o mercado mudou e os donos dos bichos estão mais exigentes – explica Totó.
O parque temático – que ganhará até uma praia artificial – terá 22 mil metros quadrados e poderá receber até 400 cães simultaneamente. Os preços das diárias serão R$ 30 para cachorros médios e grandes e R$ 20 para animais pequenos. Os proprietários que quiserem acompanhar seus bichos terão de pagar R$ 5.
– Teremos ainda pista de agility (hipismo canino), adestramento, day care, ofurô, salão de festas para aniversário de cães, stands de exposições e lançamentos do mercado, passeio rústico, áreas de lazer e piquenique – enumera o empresário.
Segundo Totó, uma comissão formada por membros da Secretaria Municipal do Meio Ambiente têm percorrido praças em diversas localidades do Rio, com o intuito de democratizar as áreas de lazer para cães.
– Uma coisa é certa: teremos parques para cachorros em todas as regiões da cidade, pois os caninos são os melhores amigos dos homens de todas as classes.
NOTA : BOM, É MELHOR NÃO DIZER NADA, A NAO SER, RECOMENDAR À PREFEITURA DA " CIDADE MARAVILHOSA ", QUE SE NECESSITAR DE SUGESTÕES PARA OBRAS COM MUITO MAIOR PRIORIDADE DO QUE PARQUES TEMÁTICOS PARA CACHORROS, É SÓ DIZER, QUE PELO MENOS EU, ARRANJO-LHE ALGUMAS CENTENAS ! . . .
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