sexta-feira, 5 de março de 2010

AFINAL NÃO SOU SÓ EU A FALAR EM GUERRA . . .

EXTRA

05-03-2010
Ônibus queimado
Coronel da PM fala da Cidade de Deus
e compara Rio ao Vietnã

Como se não bastasse a impressionante fotografia de uma das vítimas da barbárie da Cidade de Deus, estampada na primeira página do 'EXTRA', reproduzida inclusive em maiores dimensões, na página 17 do 'GLOBO' de hoje, 04/04/10, em que, com 40% do corpo queimado, aparece perplexa e atemorizada, sendo carregada, e onde a perplexidade e o desolamento de um policial militar diante da cena também são nítidos, um chocante relato, de outra vítima (ainda internada) , deixou indignado e comovido a quem assistiu â edição do Jornal Nacional (TV Globo), de ontem, 03/03/10,em oportuna entrevista da repórter Beth Luchese.
Muitos como eu ficaram com os olhos rasos d'água. Todos somos humanos, à exceção dos pseudo-humanos, insensíveis narcoterroristas, que cometeram o ato bárbaro. O relato que segue precisa sim ser transcrito em letras garrafais na tentativa de sensibilizar quem tem o poder de mudar a anacrônica, permissiva e benevolente lei penal brasileira, que continua beneficiando facínoras da pior espécie. Tenho três filhas que podem a qualquer instante, como qualquer mortal, também serem a próxima vítima da crueldade de frios e ousados assassinos. Isso me assusta e a todos os nós. ...///...
Há acontecimentos, relatos e fotos que nos marcam para o resto de nossas existências. Quem não se lembra, na guerra do Vietnã, de uma célebre foto que percorreu o mundo e acabou marcando o horror daquele conflito? Em 08 de novembro de 1972, durante aquela guerra, a família de Kim Phuc, uma criança de 9 anos, tentou proteger-se de um ataque de aviões americanos. O refúgio num templo próximo próximo não foi suficiente. Vítima das bombas de napalm kim teve grande parte do corpo coberto de queimaduras de terceiro grau e correu desesperada em busca de socorro. Nick Ut, um correspondente da agência Associated Press, tirou naquele momento a foto. Apesar do sofrimento Kim sobreviveu. O mais notável é que anos depois perdoou o capitão John Plummer, oficial que ordenou o bombardeio de sua aldeia. Kim canalizou suas antigas feridas de forma positiva. Hoje, viaja pelo mundo em campanha pela paz e é presidente da fundação Kim Internacional, dedicada a dar assistência a vítimas de conflitos armados. Quem sabe não nos estaria devendo uma visita ante o horror da guerra do Rio.
A diferença do caso de Kim Phuc é que ali tratava-se de uma guerra entre países. O capitão John Plummer tinha a missão de destruir o inimigo. Na guerra do Rio não. O melhor perdão que merecem os autores da barbárie, no revoltante episódio da Cidade de Deus, é o rigor da lei. Identifique-se e prendam-se os culpados. É ponto de honra para a polícia e dever para com a sociedade. Ao Congresso Nacional espera-se que saia de seu estado letárgico fazendo com que este fato seja um divisor de águas para o endurecimento da lei penal brasileira. O projeto de lei que tipifica crimes de terrorismo precisa sair do papel.


* Milton Corrêa da Costa é tenente-coronel da PM do Rio na reserva


NOTA : ATÉ QUE ENFIM, QUE APARECE ALGUÉM A DIZER QUE O QUE SE PASSA NO RIO DE JANEIRO, É MAIS QUALQUER COISA DO QUE A MERA VIOLÊNCIA URBANA ! . . . JULGAVA SER EU O ÚNICO !
PODE SER QUE QUALQUER DIA, QUEM DIRIGE (?) ESTE ESTADO, ESTA CIDADE E ESTE PAÍS, CHEGUE À CONCLUSÃO DE QUE SÃO NECESSÁRIAS OUTRAS MEDIDAS, MAIS RADICAIS, PARA QUE A SITUAÇÃO REGRESSE À NORMALIDADE.
VAMOS VER SE NESSA ALTURA AINDA VÃO A TEMPO . . .
MAS COMO SE PODE CONSTATAR, ATÉ MENDIGOS, ENCONTRAM HOJE NAS RUAS, ARMAS DESVIADAS DO EXÉRCITO ! . . .
ISTO TERÁ CONSERTO ? POR ESTE ANDAR, DUVIDO !

Nenhum comentário:

Postar um comentário