SINCERAMENTE ! ISTO SERIA POSSÍVEL NOUTRO PAÍS ? . . .
G1
GLOBO
29/02/2012
Ex-deputado de AL
assume cargo em delegacia com tornozeleira eletrônica. Francisco Tenório é
acusado de ser mandante de assassinatos em Maceió. Ex-deputado será
delegado-adjunto de Delegacia de Acidentes de Trânsito.
O
ex-deputado federal Francisco Tenório (PMN-AL) voltou a trabalhar nesta
quarta-feira (29) em Maceió como delegado-adjunto usando uma tornozeleira para
monitoramento eletrônico de presos em liberdade provisória. Ele responde a
processo por homicídio e obteve liberdade no último dia 16.
Segundo a Polícia
Civil de Alagoas, o ex-deputado vai trabalhar na Delegacia de Acidentes de
Trânsito, conforme determinação do diretor metropolitano da Polícia Civil,
Arnaldo Soares. A portaria de designação ao cargo foi publicada nesta quarta no
Diário Oficial do estado.
Em razão da
tornozeleira, Tenório não tem permissão para deixar a capital alagoana e tem de
se recolher ao local onde mora todos os dias antes das 20h.
A cúpula do órgão
entendeu que seria uma delegacia neutra, depois que pessoas próximas ao
ex-deputado informaram que ele correria risco caso voltasse para um distrito
policial, informou a assessoria de imprensa da Polícia Civil.
O G1 entrou em contato com a delegacia.
O escrivão de plantão informou que Tenório compareceu nesta quarta e se apresentou
ao delegado titular, Fernando Tenório, mas que já havia ido embora e não
concederia entrevista.
Habeas
corpus
O advogado Fábio
Gomes, que representa o ex-deputado, afirmou ao G1 que ainda nesta semana deve entrar com novo habeas
corpus para que a obrigatoriedade da tornozeleira também seja revogada. “Ele é
réu primário, compareceu a todos os atos do processo, não tinha sequer
requisitos para estar em prisão preventiva, isso é desproporcional”, afirmou.
Sobre os dois
processos a que ele responde por homicício, o advogado afirma que seu cliente
“nega veementemente as acusações”. “Não existe nada contra ele. Tanto que
denúncias tramitaram no STF [Supremo Tribunal Federal] enquanto ele exerceu o
cargo e nunca foi proposta ação penal contra ele. Não há indício nenhum de
provas. As denúncias dos dois processos são baseadas em depoimentos de pessoas
que foram presas por ele durante o tempo em que ele era delegado”, completou.
Acusações
Tenório foi preso em fevereiro de 2011 em Brasília, acusado de ser o mandante de dois assassinatos. Um ocorrido em Maceió em 1996, em que é acusado de ser o mandante da morte do cabo José Gonçalves, e outro em 2005, o assassinato de Cícero Sales Belém. O MP afirma que o cabo trabalhava para Tenório, que atuava como delegado à época e que Cícero teria sido morto em uma "queima de arquivo".
Tenório foi preso em fevereiro de 2011 em Brasília, acusado de ser o mandante de dois assassinatos. Um ocorrido em Maceió em 1996, em que é acusado de ser o mandante da morte do cabo José Gonçalves, e outro em 2005, o assassinato de Cícero Sales Belém. O MP afirma que o cabo trabalhava para Tenório, que atuava como delegado à época e que Cícero teria sido morto em uma "queima de arquivo".
De acordo com a
decisão da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Alagoas, que concedeu a
liberdade provisória, o ex-deputado precisa cumprir exigências enquanto
permanece em liberdade monitorada: comparecer mensalmente ao juiz todo o 1º dia
útil para informar e justificar sua atividades.
Também está
proibido de circular em local onde residam familiares da vítima, para evitar
qualquer situação de embaraço e de ausentar-se da Comarca de Maceió, sem prévio
aviso e a devida autorização judicial. É obrigado a permanecer em sua casa no
período noturno das 20h até 6h.
NOTA : ENFIM, COISAS SÓ POSSÍVEIS NO BRASIL ! . . .
MAS O QUE ENTENDO AINDA SER O PIOR DE TUDO, É QUE NO TELE - JORNAL DA GLOBO DE HOJE, APÓS ESTA BIZARRA NOTICIA, APARECE A SER ENTREVISTADO O DIRECTOR DE POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE ALAGOAS, DIZENDO QUE ACHA O ASSUNTO PERFEITAMENTE NORMAL, JUSTIFICANDO A NOMEAÇÃO E A OCUPAÇÃO DO DELEGADO INDICIADO, COMO UM MEIO DE JUSTIFICAR O DINHEIRO QUE O NOMEADO GANHA !
EM QUALQUER PAÍS NORMAL, DUAS COISAS ACONTECERIAM :
1. O DELEGADO SÓ TRABALHARIA APÓS SENTENÇA TRANSITADA EM JULGADO ( NO MÍNIMO . . . ).
2. O DIRECTOR ESTADUAL DE POLÍCIA CIVIL, TERIA DEIXADO DE O SER, NO MESMO MOMENTO EM QUE SE TIVESSE CONHECIMENTO DAS SUAS AFIRMAÇÕES !
MAS, ISTO É BRASIL ! . . .
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