COISAS QUE SÓ NO BRASIL ACONTECEM . . .
REVISTA ÉPOCA
02-03-2012
Lobby,
trambiques e cafezinho.
Um
auditor que se diz amigo do secretário da Receita Federal foi demitido por
tráfico de influência. Uma de suas ações pode elevar o preço da bebida mais
tradicional do Brasil
A
ordem para que Anceles fosse demitido por improbidade administrativa partiu do
ministro Guido Mantega (Fazenda), em novembro. A decisão teve por base um
relatório da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), que recomendou a
exclusão de Anceles do serviço público. O documento descreve um festival de trambi-ques. Anceles deu
palestras e cursos a seus clientes particulares – e foi remunerado por isso –,
faltou ao trabalho para prestar consul-torias a empresas privadas e participou,
como julgador da Receita, do julgamento de um recurso movido por um de seus
próprios clientes contra multas do Fisco. O processo contra as práticas de Anceles foi aberto em agosto de 2009
pela Corregedoria da Receita. O período investigado compreende os anos de 2006
e 2007. Nessa época, o superior hierárquico de Anceles era Carlos Alberto
Barre-to, que ocupava o cargo de secretário adjunto da Receita. Da abertura do
processo contra Anceles até o início da gestão de Barreto como o número um do
Fisco, em janeiro de 2011, foi coletado vasto material contra o então auditor. Diante desse quadro, era de esperar que Anceles
fosse afastado de suas funções enquanto as investigações não fossem concluídas.
Mas ocorreu o contrário: ele foi transferido para uma função mais importante. ...∕∕∕...
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