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DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA
05-06-2012
Sequelas do holocausto
Chefe da Força Aérea israelita recusa ter carro
alemão
O holocausto ainda está bem presente na memória dos israelitas e até mesmo quem
recuse consumir produtos alemães. É o caso do novo chefe da Força Aérea
israelita que se recusa a andar no Volkswagen que lhe foi atribuído.
O posto de general associado às funções de novo chefe da Força Aérea
israelita dá direito a Amir Eshel passar a andar num Volkswagen. Ao ter
conhecimento de que iria ter à sua disposição um carro de fabrico alemão, Amir
Eshel informou que se recusava a aceitar e continuou a utilizar o seu
Chevrolet Malibu. "É uma decisão pessoal tomada de forma instintiva mas,
é claro, também com a cabeça", terá dito, segundo o jornal Maariv, o
general aos seu amigos.
O holocausto está ainda muito presente na vida de Eshel, que perdeu a sua mãe
e grande parte da sua família no genocídio comandado por Adolf Hitler. Os amigos
sabem disso e compreendem-no.
"É uma decisão pessoal legítima. Algo sentimental que lhe custa muito. Amir
não se sente confortável a conduzir um veículo de fabrico alemão e por isso
recusa-se a andar nele", dizem os amigos, adiantando no entanto que o seu
profissionalismo não é afetado pelas questões pessoais. "Quando há assuntos
relacionados com o Exército israelita na Alemanha, ele cumpre a sua missão",
garantem.
Durante muito tempo, sobretudo nos anos posteriores à criação de Israel
(1948), os israelitas recusavam-se a comprar produtos alemães. Viajar para a
Alemanha ou ir de férias para lá estava totalmente fora de questão. As
dramáticas memórias deixadas pelos Holocausto do regime nazi são mais profundas
do que a qualidade das marcas alemãs.
Passados 64 anos este sentimento já não está tão enraizado. Mas nem toda a
gente reage assim, Amir Eshel é um israelita a quem a dor ainda não permite ver
com bons olhos tudo aquilo que vem da Alemanha.
NOTA : FELIZMENTE, AINDA HÁ GENTE ASSIM !
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