É ASSIM QUE SE ENRIQUECE !
G1 GLOBO
14/06/2012
MP
diz que ex-diretor da Prefeitura pediu R$ 4 milhões para liberar obra Investigaçõeses
'envolvem mais pessoas e empresasários, afirma promotor. Advogado de Aref diz
que denúncias são inverídicas.
O
promotor Sílvio Marques, da Promotoria do Patrimônio Público, disse nesta
quinta-feira (14) que investigações sobre o ex-diretor do Departamento de
Aprovação de Edificações (Aprov), da Prefeitura de São Paulo,
Hussain Aref Saab, envolvem mais pessoas e empresas do que as mencionadas até
agora à Justiça.
Marques
afirmou, durante entrevista coletiva na sede do Ministério Público, no Centro
de São Paulo, que o ex-diretor solicitou propina de R$ 4 milhões para a
liberação de um empreendimento na Avenida Faria Lima. O advogado de Aref,
Augusto de Arruda Botelho, afirmou que essas alegações "são absolutamente
desprovidas de qualquer prova" e ressaltou que as testemunhas ouvidas pelo
Ministério Público têm reputação duvidosa. Segundo o advogado, Aref nega
categoricamente toda e qualquer acusação de recebimento de propina. Segundo o
advogado, Aref enfrenta problemas de saúde que vêm se agravando com essa série
de denúncias. "Ele está, além de assustado e triste, revoltado com essa
série de arbitrariedades que estão acontecendo."
A
Polícia Civil e o Ministério Público realizaram nesta manhã uma operação de
busca e apreensão em uma casa e um escritório de Aref. Segundo o promotor, seis
testemunhas já foram ouvidas e uma série de providências está sendo tomada pelo
Ministério Público para avançar nas investigações. Ele não mencionou detalhes
sobre essas medidas. O advogado de Aref afirmou que a operação foi 'midiática' e
absolutamente desnecessária.
O
promotor questionou o fato de o advogado de Aref ter tido acesso a informações
sobre o mandado de busca e apreensão. Botelho afirmou que soube da ação de
forma trivial, pelo site do Tribunal de Justiça.
"Descobrimos da forma mais banal possível, que é fazendo uma pesquisa no
site do tribunal. Apareceu um número de processo que não conhecíamos, fomos
verificar e descobrimos que se tratava de um mandado de busca e apreensão. Ao
descobrir isso, fizemos uma série de petições para o próprio doutor Sílvio
Marques e dissemos que não é necessária, porque poderíamos entregar os
documentos. Eles não quiseram e decidiram fazer essa busca e apreensão mesmo
assim. Eu reputo essa busca e aprrensão como absolutamente desnecessária,
desrespeitosa comum senhor de idade."
Uma
servidora relatou, segundo o promotor, que, de cada 30 pessoas que se dirigiam
à Secretaria Municipal de Habitação, pelo menos três reclamavam ter recebido
pedido de propina.
Na
busca e apreensão realizada nesta quinta-feira na casa de Aref, os promotores
encontraram um cofre lacrado, cujo conteúdo não foi revelado, e apreenderam
documentos em papel e eletrônicos que, segundo o promotor, corroboram as provas
contra o ex-servidor.
“Temos em mãos
inúmeros documentos relatados pelas testemunhas. Os valores são variados, mas
existem informações de que, por exemplo, em relação a obras no Shopping
Higienópolis, houve pagamento de propina para que fosse liberada a retirada de
árvores e para que fosse construída uma loja subterrânea”, afirmou.
Denúncia
de propina
De acordo com
reportagem publicada pelo jornal “Folha de S. Paulo” nesta quinta, uma
ex-diretora financeira da Brookfield Gestão de Empreendimentos (BGE) afirmou
que a multinacional pagou R$ 1,6 milhão em propina, entre 2008 e 2010, com o
intuito de liberar obras irregulares nos shoppings Higienópolis e Paulista, em
São Paulo.
Segundo o jornal,
Daniela Gonzalez, que foi demitida da BGE até dezembro de 2010, afirma que a
propina foi paga para Hussain Aref Saab e ao vereador Aurélio Miguel (PR). As
propinas eram pagas por duas empresas contratadas pela multinacional, segundo a
denúncia. ...///...
Investigação
Aref foi exonerado a pedido depois que a Corregedoria da Prefeitura de São Paulo abriu investigação contra ele para investigar suposto enriquecimento ilícito – ele teria adquirido mais de 100 apartamentos enquanto esteve na Prefeitura. Ele também é investigado pelo Ministério Público.
O advogado de
Saab disse que seu cliente teria adquirido 77 imóveis no período. Segundo ele,
os bens do ex-diretor foram adquiridos de forma legal.
Empresários que
já venderam apartamentos para Saab foram ouvidos pelo Ministério Público
durante as investigações. Segundo a promotoria, todos confirmaram que os
imóveis foram pagos à vista, em dinheiro, pelos valores declarados nas
escrituras. Um dos depoimentos chamou a atenção dos promotores.
O dono de um
imóvel na Chácara Flora, na Zona Sul, declarou que após vender o apartamento
para Hussain Aref conseguiu uma licença do Aprov para regularizar a empresa que
possui. Ele negou que tenha pago propina. E justificou que vendeu por apenas R$
200 mil o apartamento que havia comprado por R$ 841 mil, porque estava muito
endividado. Os promotores não acreditaram nessa parte do depoimento.
NOTA : APESAR DE TUDO O QUE PARA JÁ SE CONSEGUE DEDUZIR E PROVAR, ESTE " BRIOSO SERVIDOR ", CONTINUA SOLTO ! . . .
O MESMO ADVOGADO, QUE DIZ QUE A ACUSAÇÃO É UMA COISA SEM SENTIDO, É A MESMA PESSOA QUE AFIRMA QUE O SEU CLIENTE ADQUIRIU 77 ( SETENTA E SETE ! . . . ) IMÓVEIS, DURANTE O PERÍODO EM QUE FOI DIRECTOR DA PREFEITURA ! . . .
É O QUE TEMOS ! . . . QUER EM TERMOS DE FUNCIONÁRIOS, QUER EM TERMOS DE ADVOGADOS . . .
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