E O MÂNTEGA, NÃO SE VÊ, NEM SE OUVE . . .
ÉPOCA
25-02-2013
A
festa acabou. A economia empacou. O investidor fugiu. E agora? O Brasil não
brilha mais no céu das finanças globais. Por que nossa imagem no exterior se
deteriorou tanto – e como isso afeta nossa economia e nosso futuro
Três
anos atrás, enquanto o mundo ainda estava nas trevas da crise de 2008, o Brasil
brilhava como um Sol ao meio-dia. O país crescia em ritmo acelerado, ajudado
pelas medidas de estímulo do governo, e acabara de ser escolhido como palco da
Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016. O brilho iluminava nossas vantagens
competitivas – um ambiente institucional mais sólido que noutros países
emergentes, um mercado interno gigantesco, uma agroindústria pujante e imensas
riquezas minerais e energéticas.
As publicações internacionais davam de
ombros para os gargalos históricos da economia brasileira e reverenciavam o então
presidente, Luiz Inácio Lula da Silva. A austera revista
britânica The Economist chegou a
publicar uma reportagem de capa exaltando a força e o dinamismo do país. Sob o
título “O Brasil decola”, a reportagem era ilustrada pela figura do Cristo
Redentor disparando como um foguete em direção ao espaço sideral. O eterno país do futuro, outrora
marcado por calotes nos credores
externos, uma inflação estratosférica e um crescimento pífio, parecia ter se
tornado enfim o país do presente, pronto para realizar seu potencial.
Parecia.
A lua de mel
durou pouco. No fim do ano passado, a percepção do Brasil no exterior, que se
deteriorava gradualmente desde o final do governo Lula, piorou muito. Nos
últimos meses, as críticas se multiplicaram e se tornaram ainda mais fortes.
Como num eclipse que oculta os raios do Sol, o brilho do Brasil perdeu
intensidade na arena global. “A ideia do Brasil decolando passou”, disse a
ÉPOCA o megainvestidor Mark Mobius, presidente da Templeton Emerging Markets,
empresa que administra um patrimônio de US$ 54 bilhões em mercados emergentes,
US$ 4,3 bilhões no Brasil. “A percepção do Brasil pelos investidores
estrangeiros está no pior momento desde 2002”, afirma o cientista político
Christopher Garman, diretor da área de estratégia para mercados emergentes do
Eurasia Group, uma consultoria americana especializada na análise de riscos
políticos.
“Exceto
em circunstâncias excepcionais, o mundo não se deixa enganar por muito tempo”,
diz Rubens Ricupero, ex-ministro da Fazenda e ex-secretário-geral da
Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad). A mesma Economist,
que louvara o Brasil três anos antes, defendeu recentemente em editorial a
saída do ministro da Fazenda, Guido Mantega, considerado inepto para garantir o
crescimento de que o país carece. “Aquela capa do Cristo Redentor falava que o
Brasil estava decolando e não que tinha chegado à Lua”, afirma a correspondente
da Economist no Brasil, Helen
Joyce. “Aquele momento especial chegou ao fim.”
NOTA : NEM A " PRESIDENTA ", NEM O MINISTRO DA FAZENDA APARECEM PARA FALAR A VERDADE !
SÓ FALTA AGORA, APARECER O LULA, PARA DIZER QUE ISTO NÃO É NENHUM TSUNAMI, E QUE NÃO PASSA DE UMA MAROLINHA ! . . .
ENTRETANTO O HOMEM FORTE DO BANCO CENTRAL, ANDA NOS ESTADOS UNIDOS A DIZER QUE AS PRINCIPAIS " MEDIDAS " ( QUAIS SÃO ? ) AINDA NÃO FIZERAM EFEITO . . .
AGUARDEMOS.
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