A BARBÁRIE EM PLENO SÉCULO XXI
O GLOBO
04-03-2013
Ativistas tentam salvar jovem saudita de ser morto e crucificado. Outros 6 podem ser decapitados com espadas
por participarem de gangue que assaltava joalherias
RIAD - Ativistas de direitos humanos lutam para
salvar um jovem que pode ser crucificado acusado de ter cometido um crime
quando era menor de idade na Arábia Saudita. Ele e outros seis companheiros
podem ser executados nesta terça-feira, em processo marcado por denúncias de
torturas e irregularidades. O grupo teria realizado uma série de assaltos a
joalherias da cidade de Abha, no sul do país. Os integrantes foram presos entre
os anos de 2005 e 2006 e condenados a pena de decapitação com espada. Já Sarhan
al-Mashayekh, suposto líder do bando, seria pregado a uma cruz após morto.
- Vivemos em uma sociedade medieval mesmo estando no
terceiro milênio - lamentou Mohammad al Qahtani, diretor da Associação de
Direitos Civis e Políticos na Arábia Saudita, em entrevista ao diário “El
País”. - Essa pena é reservada aos crimes mais odiosos e que criam alarde
social. Não é frequente, mas é emitida. No entanto o governo, consciente da
degradação do sistema judicial, muda tais sentenças às vezes.
A sentença de morte foi divulgada há três anos, mas
as autoridades provavelmente esperaram que todos se tornassem maiores de idade
para a execução. A ONG Anistia Internacional divulgou um apelo urgente contra a
dura condenação.
- Deixarão o jovem exposto (na cruz) durante várias
horas, como humilhação - explica al-Qahtani. - Não é só a severidade do
castigo, mas eles também não tiveram direito a um advogado nem um julgamento
justo. Aliás, eles também foram torturados e intimidados para que confessassem
- afirma o ativista.
Ali al-Ahmed, um opositor ao governo saudita e que
dirige o Instituto pelas Relações com o Golfo, em Washington, também se
mobilizou pela causa dos jovens, segundo o “El País”. O político afirma já ter
enviado inúmeras mensagens para embaixadores europeus em Riad pedindo
intervenção no caso perante as autoridades sauditas, reforçando que os acusados
foram condenados à morte quando ainda eram menores.
- Esses jovens vão ser executados depois de um
julgamento que durou três horas e não contaram com nenhum advogado e nem com
assistência jurídica. Entre os motivos da execução está que a origem dos
suspeitos é do sul do país, região marginalizada pelo governo saudita - afirma
al-Ahmed.
A data da execução dos acusados Sarhan al Mashayekh e
Saeed al Omari, de 22 anos; Ali al- Shehri, de 20; Naser al Qahtani e Ali al
Qahtani, de 24; Saeed al Shahrani, de 21; e AbdulAziz al-Amri, de 23, está
marcada para a próxima terça-feira. Os assaltos teriam sido realizados entre os
anos de 2004 e 2005, quando os réus tinham entre 15 e 19 anos.
NOTA : COMO TENHO DIFICULDADE EM ENTENDER
A " CULTURA " ÁRABE, E A " RELIGIÃO "
MUÇULMANA ! . . .
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