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“O GLOBO”
11-03-2013
Vaticano é acusado de gastar R$ 58 milhões em complexo que abriga sauna
gay. Pelo menos 18 dos
cardeais responsáveis pela escolha do Pontífice moram no local, em Roma
ROMA — Um dia antes do início do conclave
que irá eleger o Papa que substituirá Bento XVI, um novo escândalo sobre o
Vaticano tomou conta da imprensa internacional. De acordo com o jornal
“Independent”, a instituição religiosa teria gasto € 23 milhões (mais de R$ 58
milhões) em apartamentos de um prédio em Roma que abriga nada menos que a maior
sauna gay da Europa.
Pelo menos 18 dos cardeais responsáveis pela escolha do Pontífice moram no local. Um deles é Ivan Dias, chefe da Congregação para Evangelização dos Povos, de 76 anos, que vive no mesmo andar onde funciona a sauna. Visto como um conservador, mesmo para os padrões atuais da Igreja, o ex-arcebispo de Bombaim teria ficado “horrorizado” com a descoberta. Uma de suas crenças é de que gays e lésbicas podem ser curados de suas “tendências não naturais através do sacramento da penitência”.
Pelo menos 18 dos cardeais responsáveis pela escolha do Pontífice moram no local. Um deles é Ivan Dias, chefe da Congregação para Evangelização dos Povos, de 76 anos, que vive no mesmo andar onde funciona a sauna. Visto como um conservador, mesmo para os padrões atuais da Igreja, o ex-arcebispo de Bombaim teria ficado “horrorizado” com a descoberta. Uma de suas crenças é de que gays e lésbicas podem ser curados de suas “tendências não naturais através do sacramento da penitência”.
Segundo a imprensa local, o investimento no imóvel,
realizado em 2008 pelo cardeal Tarcisio Bertone, foi realizado graças a
generosos benefícios fiscais recebidos pela Igreja Católica durante o governo
de Silvio Berlusconi. A propriedade é reconhecida como parte da Cidade Santa.
Leitores de sites gays italianos foram rápidos em
fazer piadas sobre o tema.
“Se você não pode ir a uma sauna gay por medo de ser
visto, o que você faz com milhões de euros roubados de italianos? Compra um
bloco de apartamentos com a sauna dentro”, dizia um dos comentários do
“Gay.it”.
A denúncia acontece em um momento delicado para a
Igreja, que ainda se recupera de especulações a respeito da renúncia de Bento
XVI. Chegou a ser dito que a saída do teólogo alemão ocorreu devido à presença
de cardeais homossexuais dentro do Vaticano.
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