PRECONCEITOS E COMPLEXOS DE ESQUERDA . . .
Gays, Papa e o
Islão homofóbico
Henrique Raposo EXPRESSO ∕ LISBOA
01-08-2013
Os indignados em
versão gay são os polícias do catolicismo e do Papa. Estão sempre a vigiar o
vocabulário e as opiniões dos membros da Igreja. Acho muito bem, sim senhora,
estão no seu direito, podem e devem expressar o seu ódio terminal contra a fé
católica. Mas
eu só não percebo uma coisa: a indignação do orgulho gay nunca cai sobre o
Islão homofóbico (peço desculpa pelo pleonasmo). E repare-se que não
estou a falar dos muçulmanos a viver nas Arábias, mas sim dos muçulmanos
europeus. Olhe-se,
por exemplo, para a opinião de uma muçulmana sueca muito mediática, Suad
Mohamed: "não me peçam para a aceitar ou dizer que o meu deus permite a
homossexualidade, porque ser homossexual é proibido (...) ser homossexual é uma
escolha, não se nasce assim (...) é o mesmo que beber ou matar. Está a agir de
forma errada; a fazer coisas que Deus não gosta" (Pública, 7 de
Novembro 2010). Quando um católico diz semelhante coisa, caem três ou quatro
Carmos e respectivas Trindades. Quando é um muçulmano a opinar desta forma, os
ouvidos da malta são tomados por uma súbita otite progressista.
E a linha na areia
há muito que ultrapassou o mero jogo de palavras. Tal como salienta um distinto cidadão de Amesterdão, as agressões de
muçulmanos a gays holandeses estão a aumentar perante a inércia da sociedade.
Por que razão isto acontece? Quais as causas da indignação selectiva? Vejo três. A
primeira é o medo puro e duro, a cagufa, a miúfazinha. Afinal de contas,
criticar o islamismo pode provocar ataques directos; na Europa, vários críticos
já acordaram com propostas que não podiam recusar. A segunda causa é o velho
ódio jacobino contra a Igreja Católica, a Infame, a Rameira de Deus. Mas a
razão mais forte é, sem dúvida, a terceira: os complexos politicamente correctos,
o racismo cor-de-rosa que apascenta as
almas progressistas.
Tal como as feministas, os
movimentos gays recusam criticar o islamismo, mesmo aquele que existe dentro
das nossas cidades. Desculpar o outro, sobretudo o muçulmano,
passou a ser o mantra obrigatório da esquerda. Apesar do evidente racismo (o outro
é tratado como uma criança, como um ser menor e inimputável), este mantra é um
sucesso há décadas. Percebe-se porquê: dentro de um esquema policial e punitivo
típico da esquerda, a crítica a uma pontinha de cabelo islâmico determina, de
imediato, a perda das credenciais de esquerda, que, como todos sabem, abrem
muitas portas. Devido ao reduzido número de
rebeliões contra este cerco, o resultado final é uma enorme
hipocrisia. Os assanhados movimentos gay pouco ou nada dizem sobre a
força mais embrutecida e homofóbica do nosso tempo, o Islão europeu.
NOTA : ESCRITO NA EUROPA POR UM EUROPEU, MAS QUE SERVE PERFEITAMENTE AOS POLÍTICOS
TUPINIQUINS.
Nenhum comentário:
Postar um comentário