sexta-feira, 24 de agosto de 2007

O MENSALÃO, CONTINUA A RENDER . . .

JORNAL DO BRASIL
Advogados cobram até

R$ 1 milhão por causa
Fernando Exman e

Karla Correia

Custa caro, muito caro, o elenco de 27 estrelas do mundo jurídico encarregado de fazer a defesa dos 40 acusados de envolvimento no esquema do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF). O trabalho de desenhar a estratégia de defesa dos suspeitos e demolir os argumentos apresentados pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, autor das acusações analisadas pelos ministros do Supremo, é cobrado a peso de ouro.
Segundo especialistas da área, os honorários cobrados sobre uma causa tão complexa como a do mensalão, envolvendo a possibilidade de perda patrimonial, cassação de direitos políticos e prisão, não saem por menos de R$ 500 mil. Advogados experientes falam até em R$ 1 milhão, no caso de nomes como o de Alberto Toron, que defende o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), ex-presidente da Câmara.
Pesam na cifra o valor da causa e a "grife" do contratado, explica o presidente da Associação Brasileira de Advogados Criminalistas (Abrac), Elias Mattar Assad. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) estabelece uma tabela em que os advogados podem cobrar entre 10% e 20% do valor patrimonial em causa. Se o que estiver em questão for a devolução aos cofres públicos do dinheiro recebido como mesada em troca do apoio político ao governo no Congresso, por exemplo, o advogado pode cobrar honorário equivalente a até 20% desse valor, diz Assad.
Mas em uma causa como a do mensalão entra também a possibilidade de punição criminal. Para esses casos não há tabelas, pondera o especialista. É aí que entra o peso do nome do advogado. E não faltam estrelas. José Carlos Dias, que defende a ex-presidente do Banco Rural Kátia Rabelo e o ex-vice-presidente da instituição José Roberto Salgado, foi ministro da Justiça no segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso. Tales Castelo Branco, contratado para fazer a defesa do publicitário Duda Mendonça, é presidente do Instituto dos Advogados de São Paulo.
- O trabalho de um advogado nessas condições é igual ao de um médico na UTI. O atendimento é intensivo, tempo integral. O profissional se dedica por inteiro e isso não é barato - observa Assad.
Falar abertamente em valores é considerado antiético e praticamente todos os advogados envolvidos na defesa de mensaleiros se recusam a revelar o quanto cobram. O advogado de Roberto Jefferson, Luiz Francisco Barbosa, é a exceção.
- Não cobro nada - garante Barbosa, que diz arcar até com o custo das ligações telefônicas de seu cliente.
NOTA : O MENSALÃO, CONTINUA A RENDER ELEVADAS QUANTIAS. DESTA VEZ, PARA OS ADVOGADOS ! . . .
SÓ HÁ UM FILANTROPO, QUE NADA COBRA, NEM AS LIGAÇÕES TELEFÓNICAS...
AINDA HÁ GENTE HUMANA NESTE PAÍS ! AINDA HÁ ADVOGADOS E HOMENS SOLIDÁRIOS ! AINDA HÁ ADVOGADOS NO BRASIL, COMPLETAMNTE DESAPEGADOS AOS BENS MATERIAIS, PRINCIPALMENTE AO VIL METAL ! E AINDA, TAMBÉM, HÁ GENTE INOCENTE, QUE ACREDITA NISTO ! . . .

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