. . . AÍ ESTÃO ELES ! . . .
JORNAL DO BRASIL
Partidos - Trocas do
Senado favorecem
o governo
Fernando Exman
Fernando Exman
Esboçado nos bastidores por líderes partidários, pelo ministro das Relações Institucionais, Walfrido Mares Guia, e até pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um iminente troca-troca partidário mudará, se confirmado, a correlação de forças no Senado. Como resultado, a bancada governista pode receber reforços em um momento delicado. No mês que vêm, a Câmara deve aprovar a proposta de emenda constitucional (PEC 50/07) que prorroga até 2011 a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Permanente (CPMF) e enviar o projeto ao Senado. Nesta Casa, o governo detém atualmente uma frágil maioria. Precisará reunir 49 dos 81 votos para aprovar o projeto no Senado, mas estima que por enquanto só conta com pouco mais de 40.
- O movimento é para aumentar a força do governo no Senado - comentou um dos líderes da coalizão que não quis ser identificado.
O Executivo considera a aprovação da PEC essencial. Sem o imposto, argumenta, investimentos em infra-estrutura e programas sociais serão cortados. Durante os próximos anos, a União espera arrecadar anualmente cerca de R$ 40 bilhões com a CPMF.
É dada como barbada a migração de dois senadores da oposição para partidos governistas. César Borges (DEM-BA) irá para o PR. O senador Romeu Tuma (DEM-SP) também estuda deixar o Democratas, mas ainda não teria decidido seu destino. Ambos se sentem isolados em seus Estados. Tuma perdeu espaço no partido para o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e Guilherme Afif Domingos, secretário do Emprego e Relações do Trabalho do governo estadual. Em namoro com partidos governistas, Tuma conseguiu que seu filho, Romeu Tuma Júnior, fosse nomeado para comandar a Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça.
Já o senador César Borges acha que, se continuar no Democratas, poderá ter problemas para se candidatar à reeleição em 2010. Desde a morte do ex-senador Antonio Carlos Magalhães, o DEM baiano vive dias de turbulências. Borges, os deputados Antonio Carlos Magalhães Neto e José Carlos Aleluia e o ex-governador Paulo Souto disputam o controle da legenda no Estado. O senador ouviu dos líderes do PR que, se trocar de time, terá o comando do partido na Bahia.
O líder do DEM na Casa, José Agripino (RN), esforça-se para impedir o êxodo. Hoje, a bancada do Democratas conta com 17 senadores. Junto com 13 tucanos e o único representante do PSOL no Senado, forma o principal bloco de oposição ao governo Lula.
- São problemas regionais. Estamos cuidando desses interesses - disse Agripino.
Outro senador que pode deixar as fileiras oposicionistas é Edison Lobão (DEM-MA). Fiel aliado de José Sarney (PMDB-AP), o parlamentar tem atuado de acordo com os interesses de seu grupo político em vez de seguir as orientações do partido. Lobão desconversa. Diz que as informações de que deixará o Democratas são apenas "rumores".
Agripino tem até 2009 para apagar outro incêndio. Trata-se da situação do senador Demóstenes Torres (GO), que está preocupado com a possibilidade de a cúpula do DEM preferir lançar Vilmar Rocha para o Senado em 2010 em detrimento de sua candidatura à reeleição.
- Não vou sair do partido agora. Fui convidado por quase todos os partidos, inclusive pelo presidente Lula, para participar da bancada governista. Sofro uma oposição constante do Vilmar Rocha, mas pretendo superar isso. Se isso não acontecer, vou sair - esclareceu Torres, antes de ressaltar que não deixaria de fiscalizar o governo se mudasse para uma legenda aliada.
A senadora Patrícia Saboya (PSB-CE) também deve mudar de partido. A parlamentar pretende concorrer à prefeitura de Fortaleza no ano que vem. O PSB, no entanto, apoiará a reeleição da petista Luizianne Lins. Patrícia pode se candidatar pelo PDT.
NOTA : QUANDO UM SENADOR PENSA MUDAR PARA OUTRO PARTIDO, NO DECORRER DA LEGISLATURA, TENDENTE A FAZER APROVAR UMA MEDIDA, COM QUE O SEU ACTUAL PARTIDO DISCORDA, PELO SIMPLES MOTIVO, DE O SEU FILHO TER SIDO ESCOLHIDO PARA UM CARGO . . . ESTÁ TUDO DITO !
QUANTO AOS INTERESSES QUE MOVEM OS DEPUTADOS E SENADORES PARA MUDAREM DE PARTIDO, ELES TÊM MOTIVAÇÃO DIVERSA, COMO SE PODE LER NO ARTIGO, MAS RESSALTA SOBRETUDO UMA COISA, QUE A QUALQUER UM, NÃO PODE DEIXAR DE PASSAR EM CLARO : MOTIVOS, PODEM TER, MAS FALTA DE CARÁCTER, TÊM DEMAIS ! . . .
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