sábado, 8 de dezembro de 2007

ISTO É QUE É A SAÚDE PÚBLICA PARA OS POBRES ?

JORNAL DO BRASIL
Teto de emergência

despenca um mês
depois de inaugurado
Duilo Victor

O novo setor de emergência do Hospital Souza Aguiar, inaugurado com festa há um mês, mas que sequer recebeu ainda pacientes, engrossou ontem a seqüência de falhas nas instalações que consumiram R$ 28 milhões dos cofres públicos. De acordo com o Sindicato dos Médicos do Rio (Sinmed), infiltrações no teto de uma das salas do setor provocaram a deterioração de parte do gesso que sustenta as instalações de refrigeração.
Há 20 dias, um vazamento de esgoto no mesmo setor adiou a transferência dos primeiros pacientes para a nova emergência. Os problemas não se restringem à nova emergência. Um relatório da Vigilância Sanitária Estadual divulgado ontem classificou de insatisfatórias as salas de Centro de Terapia Intensiva do Souza Aguiar.
Desta vez, relata o presidente do Sinmed, Jorge Darze, foi detectado, além da infiltração no teto, um defeito na tubulação do ralo da sala de estabilização da nova emergência. Darze informou que toda a água escoada pelo ralo era eliminada diretamente no subsolo, pois não havia ligação com a tubulação de esgoto.
A Secretaria Municipal de Saúde confirma os problemas na tubulação e a infiltração do teto, mas adianta que técnicos de manutenção já providenciaram o conserto. Em nota oficial, a secretaria informou que o sistema de refrigeração da emergência - que seria a origem da infiltração - estará normalizado nos próximos dias. Garantiu também que o setor receberá os pacientes da antiga emergência assim que o ar-condicionado estiver em pelo funcionamento, mas não prometeu prazo. No dia 16, quando houve o vazamento de esgoto, foi garantido que o setor seria ocupado na semana seguinte, o que ainda não ocorreu.
- A inauguração do dia 7 foi pura manobra de marketing - denuncia o presidente do sindicato. - Surpreende que uma obra recém-terminada apresente tantos problemas antes de receber pacientes. Médicos relatam que algumas lâmpadas da emergência estavam desligadas porque sequer receberam instalação elétrica.
Ainda que a qualidade das obras no Souza Aguiar - que completou 100 anos no mês passado - estivessem perfeitas, Darze avalia que o déficit no atendimento não vai diminuir. Um levantamento do sindicato revela que faltam 1.170 profissionais de saúde no hospital. Apesar da nova emergência, não foram contratados novos médicos.
- A superlotação que já existe na emergência antiga, no segundo andar do Souza Aguiar, vai se repetir nas novas instalações - prevê Darze.
O prefeito do Rio, Cesar Maia, questionou a credibilidade da nova denúncia do Sindicato dos Médicos.
- Não dá mais para levar a sério as foto-fofocas deles - respondeu o prefeito, duvidando que o vazamento no teto fosse mais uma vez da tubulação de esgoto, conforme suspeitou o sindicato.
A infiltração no teto da nova emergência do Souza Aguiar será alvo de denúncia ao Ministério Público Estadual. Como o JB informou na semana passada, a prefeitura propôs - na Lei de Orçamento Anual enviada à Câmara Municipal - um corte de R$ 70,6 milhões nos investimentos na rede do município. Só do Hospital Souza Aguiar, a tesoura de Cesar Maia tira R$ 6,5 milhões. Os R$ 28 milhões gastos com o hospital, que tem o maior setor de emergência da rede pública, incluem capacitação de funcionários e compra de equipamentos. Segundo descreveu a prefeitura durante os festejos, a emergência terá novos respiradores, eletrocardiógrafos, aspiradores, desfibriladores cardíacos, carros de anestesia e um tomógrafo, que deve ser instalado até o próximo mês.


NOTA : ISTO ACONTECE NO HOSPITAL, QUE TEM O MAIOR SECTOR DE ATENDIMENTO DA REDE PÚBLICA, CUJO SECTOR DE EMERGÊNCIA FOI INAUGURADO, HÁ . . . UM MÊS . . .
É BOM AVISAR O LULA, QUE QUEM VAI A ESTES HOSPITAIS, SÃO OS POBRES, AQUELES QUE ELE DIZ QUERER DEFENDER COM A CPMF, MAS QUE DURANTE OS SEUS GOVERNOS, NÃO TIVERAM MELHORIAS NENHUMAS, NUM SECTOR TÃO IMPORTANTE COMO A SAÚDE . . .

CORTAM VERBAS NA SAÚDE, MAS ENTREGAM-NAS ÀS ESCOLAS DE SAMBA . . .

VER POSTAGEM SEGUINTE.

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