LÁ, A MÚSICA É OUTRA ! . . .
dos Comuns sai após
escândalo de gastos no
Reino Unido
Michael Martin havia sido
censurado por suposto
envolvimento no caso.
É a primeira renúncia de
um presidente da casa
desde 1695.
O presidente da Câmara dos Comuns britânica, Michael Martin, anunciou nesta terça-feira (19) sua renúncia ao cargo, válida a partir do dia 21 de junho.
"Desde que cheguei a esta Câmara, há 30 anos, sempre soube que ela precisava de união para dar o melhor de si mesma", declarou Martin, que ocupava o cargo há nove anos.
"Para que esta unidade possa ser mantida, decidi apresentar minha demissão, que se tornará efetiva no dia 21 de junho", acrescentou, destacando que a eleição de seu sucessor acontecerá no dia seguinte.
A porta-voz de Martin especificou em seguida que Martin também abrirá mão do cargo de deputado da circunscrição nordeste de Glasgow, o que levará à realização de legislativas parciais neste reduto trabalhista.
Ele havia sido submetido a uma moção de censura por seu suposto papel no escândalo das faturas abusivas de gastos apresentadas por alguns deputados.
A renúncia é a primeira de um presidente da Câmara dos Comuns desde 1695, quando Sir John Trevor se viu obrigado a abandonar o cargo por ter aceito dinheiro em troca do apoio à aprovação de uma lei.
Como presidente dos Comuns, Martin, um ex-dirigente sindicalista de 63 anos e atualmente deputado trabalhista por Glasgow (Escócia), deve dirigir os debates na Câmara, mas também é responsável pelo serviço que controla os gastos dos deputados.
Os críticos de Martin, deputado trabalhista escocês, o acusam de ter contribuído com suas ações para o desprestígio do Parlamento, enquanto seus defensores argumentam que ele se transformou em um bode expiatório, quando são muitos os culpados.
Em uma sessão agitada na segunda-feira, Martin declarou lamentar profundamente o escândalo . O primeiro-ministro do Reino Unido, o trabalhista Gordon Brown, que tinha apoiado o "speaker" em semanas anteriores, tinha se limitado nos últimos dias a declarar que seu futuro era assunto do Parlamento, e não do governo.
O líder da oposição conservadora, David Cameron, tinha evitado pedir expressamente a renúncia de Martin, mas reivindicou na segunda-feira a realização de novas eleições para limpar o Parlamento.
O único dirigente de um partido parlamentar a reivindicar em público a renúncia de Martin foi o liberal-democrata Nick Clegg.
O escândalo dos abusos veio à tona em 8 de maio pelo jornal conservador "The Daily Telegraph", que desde então publica diariamente revelações sobre despesas e pedidos de dinheiro indevidos de deputados de todos os partidos.
De acordo com uma pesquisa publicada nesta terça-feira pelo Guardian, 69% dos britânicos consideram que Brown não lidou bem com o escândalo. Ao contrário, para 55% das 1.002 pessoas entrevistadas, seu adversário conservador David Cameron se saiu bem na crise política. Se houvesse uma eleição geral antecipada, o Partido Trabalhista, no poder, reuniria apenas 28% dos votos, contra 39% para a oposição conservadora.
NOTA : OS PROCEDIMENTOS " REPUBLICANOS ", NÃO ACONTECEM SÓ NOS REGIMES REPUBLICANOS, MAS EM TODOS OS ESTADOS DE DIREITO, ONDE A DEMOCRACIA, ÉTICA, BOM SENSO E VERGONHA, AINDA TÊM ALGUM SIGNIFICADO, BEM AO CONTRÁRIO DO QUE ESTAMOS HABITUADOS A VER, EM RECENTES REPÚBLICAS E DEMOCRACIAS !
NÃO FOI NECESSÁRIO HAVER NEHUMA CPI, NEM INTERVENÇÃO JUDICIAL.
BASTOU QUE A IMPRENSA, DEMONSTRASSE COM VERDADE, A FALTA DE ÉTICA DE ALGUNS EXECUTORES DO PODER, PARA QUE ESTES, POR MOTU PRÓPRIO, ABANDONASSEM AS FUNÇÕES E CARGOS QUE OCUPAVAM.
COMO É DIFERENTE A REPÚBLICA BRASILEIRA ! . . .
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