A " GRANDE FAMÍLIA " . . .
12-04-2010
Políticos lançam família para disputar eleições
Prefeitos da Baixada e do interior do estado mantêm prática de colocar parentes para participar das eleições na Câmara dos Deputados e na Alerj. Sociólogo vê fato como nova faceta do coronelismo
POR MARCOS GALVÃO
Prefeitos da Baixada e do interior do estado mantêm prática de colocar parentes para participar das eleições na Câmara dos Deputados e na Alerj. Sociólogo vê fato como nova faceta do coronelismo
POR MARCOS GALVÃO
Rio - A política familiar continua dando as cartas na política do Estado do Rio, que já foi governado pelo casal Garotinho por dois mandatos. Na Baixada Fluminense e no interior, regiões onde a prática do coronelismo imperou por muitos anos, as eleições de 2010 para o Congresso Nacional e para a Assembleia Legislativa serão nova oportunidade de políticos com mandato indicarem irmãos, filhos, maridos e mulheres. São casos em que o grau de parentesco vale muito mais do que a sigla partidária.
É o que acontece em São João de Meriti, onde o prefeito Sandro Mattos (PTB), 41 anos, está lançando o irmão, Marcelo Mattos, 39 anos, pelo PDT, para uma vaga na Câmara dos Deputados. “O partido faz parte da base da aliança que me apoiou para a prefeitura”, justifica o prefeito. Com carreira meteórica na política — antes mesmo de terminar o mandato de vereador, em São João de Meriti, Sandro se elegeu deputado federal, o prefeito de Meriti imagina o mesmo futuro para o irmão.
“O Marcelo sempre fez parte do meu grupo político e é alguém em quem confio”, diz o prefeito. Segundo ele, desde a sua saída do Congresso para concorrer à prefeitura, o município está sem representação na Câmara dos Deputados.“Vou trabalhar para trazer mais recursos para São João e para a Baixada”, diz Marcelo, que até o mês passado respondia na prefeitura como secretário de Assuntos Institucionais de São João de Meriti.
Em Belford Roxo, o prefeito Alcides Rolim (PT) está lançando a mulher, Eliane Rolim (PT), para uma vaga no Congresso. “A decisão de lançá-la não foi só minha. Foi do grupo que represento. Todos chegaram a esse consenso”, explica ele. O mesmo fez o prefeito de Maricá, Washington Quaquá (PT), que também está lançando a mulher, Rosângela Zeidan (PT), mas para uma vaga na Assembleia Legislativa. “Maricá precisa ter um representante no estado. Precisamos lutar pela cidade”, afirma.
Zito elegeu irmão, filha e mulher
Lançar parentes na vida pública é uma prática comum na Baixada Fluminense. O exemplo mais recente é o prefeito de Duque de Caxias, José Camilo Zito (PSDB), que já chegou a lançar o irmão, Waldir Zito, para prefeito em Belford Roxo; Narriman Zito, à época sua mulher, para prefeita em Magé; e a filha, Andreia Zito (PSDB), para deputada estadual. O fenômeno da transferência de votos fez de Zito o ‘rei de votos’ na Baixada. Mas o reinado chegou ao fim com mandatos não tão bem sucedidos tanto do irmão, em Belford Roxo, quanto da ex-mulher, em Magé. Eles não conseguiram se reeleger prefeitos.Desde a sua reeleição de prefeito de Caxias no ano passado, Zito tem afirmado que só fará campanha para ele e para a filha, Andreia Zito. Ela está no segundo mandato como política. Se elegeu deputada estadual e atualmente está na Câmara dos Deputados.
Sociólogo analisa que intenção é se perpetuar no poder
O sociólogo Orlando Júnior, professor do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional (Ippur) da UFRJ, vê a prática de lançar parentes na política uma tentativa de perpetuação no poder. “É uma prática antiga do coronelismo, que continua presente na região. Isso é muito ruim. É exemplo de padrão patriarcal de poder, em que o cidadão não tem o seu direito respeitado”, explica ele.Para o publicitário Chico Abreia, que atua na área de marketing político, a tarefa de transferir votos para parentes não é tão simples como se imagina. “Depende muito do político. O povo hoje sabe muito bem distinguir entre aquele em quem ele confia”, explica. “Quem tem personalidade forte, já sai na frente”, afirma.
“O Marcelo sempre fez parte do meu grupo político e é alguém em quem confio”, diz o prefeito. Segundo ele, desde a sua saída do Congresso para concorrer à prefeitura, o município está sem representação na Câmara dos Deputados.“Vou trabalhar para trazer mais recursos para São João e para a Baixada”, diz Marcelo, que até o mês passado respondia na prefeitura como secretário de Assuntos Institucionais de São João de Meriti.
Em Belford Roxo, o prefeito Alcides Rolim (PT) está lançando a mulher, Eliane Rolim (PT), para uma vaga no Congresso. “A decisão de lançá-la não foi só minha. Foi do grupo que represento. Todos chegaram a esse consenso”, explica ele. O mesmo fez o prefeito de Maricá, Washington Quaquá (PT), que também está lançando a mulher, Rosângela Zeidan (PT), mas para uma vaga na Assembleia Legislativa. “Maricá precisa ter um representante no estado. Precisamos lutar pela cidade”, afirma.
Zito elegeu irmão, filha e mulher
Lançar parentes na vida pública é uma prática comum na Baixada Fluminense. O exemplo mais recente é o prefeito de Duque de Caxias, José Camilo Zito (PSDB), que já chegou a lançar o irmão, Waldir Zito, para prefeito em Belford Roxo; Narriman Zito, à época sua mulher, para prefeita em Magé; e a filha, Andreia Zito (PSDB), para deputada estadual. O fenômeno da transferência de votos fez de Zito o ‘rei de votos’ na Baixada. Mas o reinado chegou ao fim com mandatos não tão bem sucedidos tanto do irmão, em Belford Roxo, quanto da ex-mulher, em Magé. Eles não conseguiram se reeleger prefeitos.Desde a sua reeleição de prefeito de Caxias no ano passado, Zito tem afirmado que só fará campanha para ele e para a filha, Andreia Zito. Ela está no segundo mandato como política. Se elegeu deputada estadual e atualmente está na Câmara dos Deputados.
Sociólogo analisa que intenção é se perpetuar no poder
O sociólogo Orlando Júnior, professor do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional (Ippur) da UFRJ, vê a prática de lançar parentes na política uma tentativa de perpetuação no poder. “É uma prática antiga do coronelismo, que continua presente na região. Isso é muito ruim. É exemplo de padrão patriarcal de poder, em que o cidadão não tem o seu direito respeitado”, explica ele.Para o publicitário Chico Abreia, que atua na área de marketing político, a tarefa de transferir votos para parentes não é tão simples como se imagina. “Depende muito do político. O povo hoje sabe muito bem distinguir entre aquele em quem ele confia”, explica. “Quem tem personalidade forte, já sai na frente”, afirma.
NOTA : QUANDO HÁ DOIS DIAS OUVIMOS A DESFAÇATEZ DO PRESIDENTE LULA, DIZER QUE OS PARTIDOS É QUE TÊM CULPA DE MUITA COISA QUE ACONTECE NA POLÍTICA E NO BRASIL, POR NÃO LEGISLAREM NO SENTIDO - SEGUNDO ELE - DE SE SUBSTITUIR AOS TRIBUNAIS NA ARBITRAGEM DESTAS MARACUTAIAS POLÍTICAS NO BRASIL, DÁ A SENSAÇÃO, PARA QUEM NÃO ACOMPANHA A VIDA BRASILEIRA, QUE O PRESIDENTE LULA, NÃO É O TIMONEIRO DESTE PAÍS HÁ OITO ANOS, E O PRIMEIRO RESPONSÁVEL PELA NÃO APRESENTAÇÃO DE UM PROJECTO DE REFORMA POLÍTICA ! . . .
ENQUANTO A OCUPAÇÃO DE CARGOS PÚBLICOS NO BRASIL, FOR ENTENDIDA COMO PROFISSÃO, NEGÓCIO OU MODO DE VIDA, E NÃO COMO UMA MISSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO, POR TEMPO DETERMINADO E NUNCA ETERNO, A TENDÊNCIA, É SEMPRE TORNAR EXTENSÍVEL O NEGÓCIO ( É DISSO MESMO QUE SE TRATA ! ) AO CLÃ FAMILIAR, JÁ QUE AS RISONHAS PERSPECTIVAS DA RENTÁVEL ACTIVIDADE, PARA LÁ DA IMPUNIDADE E DO FÁCIL ACESSO AO DINHEIRO PÚBLICO ( QUE DESAPARECE COM ENORME FACILIDADE, SEM QUE NINGUÉM SE PREOCUPE . . . ), TORNA A ACTIVIDADE, FRANCAMENTE APETECÍVEL, E COM EXEMPLOS VIVOS DE FRANCA PROSPERIDADE !
ISTO, PARA JÁ NÃO FALAR DAS COSTUMADAS " PARCERIAS " ENTRE ORGÃOS DO PODER PÚBLICO, SE QUEM OS DIRIGIR, PERTENCER À MESMA FAMÍLIA . . .
O CORONELISMO NÃO MORREU, E SE ISTO SE PASSA NUM ESTADO COMO O DO RIO DE JANEIRO, PODEREMOS IMAGINAR O QUE SE PASSARÁ POR ESSES INTERIORES, ONDE O ACESSO À INFORMAÇÃO, CULTURA E ESCOLARIDADE, SÃO CERCEADOS PROPOSITADAMENTE, PARA QUE O " CORONÉ ", QUE AINDA TEM UM OLHO, SEJA O REI EM TERRA DE CEGOS ! . . .
LAMENTÁVELMENTE, LULA NÃO ALTEROU NADA, E PIOR, NÃO TEM VONTADE NEM INTENÇÃO DE O FAZER. NEM ELE NEM O PT ! É QUE NESTES ASSUNTOS DE ARREGIMENTAÇÃO E CONTROLE DE VOTOS, HÁ SITUAÇÕES QUE SEMPRE SE CRITICARAM, MAS QUE PARA ELEGER " COMPANHÉROS ", DÃO SEMPRE MUITO JEITO ! . . .
A NÃO MODERNIZAÇÃO DA VIDA POLÍTICA BRASILEIRA, ATRAVÉS DE UMA REFORMA POLÍTICA QUE IMPEÇA, ENTRE OUTROS ABSURDOS, ESTE ESTADO DE COISAS, FARÁ COM QUE O BRASIL CONTINUE A TER OS DIRIGENTES QUE TEM, RICOS E PRÓSPEROS À CUSTA DO DINHEIRO PÚBLICO, E UMA BOA PARTE DO POVO A VIVER EM CIMA DE LIXÕES E SUJEITOS A TUDO AQUILO A QUE VAMOS ASSISTINDO!
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