O DINHEIRO É PÚBLICO ! . . . VAMOS A ISTO !
“ O GLOBO “
Senadores:
cargos comissionados multiplicam em até cinco vezes. Somente com vale-refeição despesa anual
aumentou 157%
BRASÍLIA - Uma brecha criada por normas internas do Senado custa
caro aos cofres públicos. Graças a esse expediente, cada um dos 81 parlamentares
pode multiplicar os cargos comissionados que tem à disposição - 12 no total.
Alguns aumentaram esse número em mais de cinco vezes. Com isso, a despesa anual
dos comissionados somente com vale-refeição cresceu 157%, passando de R$ 7,441
milhões para R$ 19,178 milhões. Todo servidor, efetivo ou comissionado, tem
direito a um vale-refeição de R$ 638 mensais, independentemente do valor do
salário.
Os senadores empregam
2.505 funcionários comissionados, o que representa um gasto de R$ 1,598 milhão
por mês somente com esse benefício. O Guia do Parlamentar - cartilha elaborada
pela diretoria do Senado e entregue a cada senador quando assume o mandato -
diz que em regra o gabinete é composto por 12 assessores: cinco assessores
técnicos, seis secretários parlamentares e um motorista. Mas, na prática, essas
funções estão sendo desdobradas e multiplicadas. Se os parlamentares
contratassem apenas os 12 servidores sugeridos, o gasto mensal com
auxílio-refeição seria de R$ 620 mil. Ou seja: o Senado gasta 157% a mais só
com um benefício, porque os senadores incham o quadro de funcionários e esse
benefício é pago individualmente.
Há casos como o do
senador Ivo Cassol (PP-RO), que desmembrou as 12 funções em 67 cargos
comissionados, lotados em seu gabinete e nos dois escritórios políticos que
mantém em Rondônia. Como o auxílio-refeição é de R$ 638 por mês, se Cassol
seguisse a sugestão do Guia do Parlamentar, gastaria R$ 7,6 mil por mês, mas a
despesa do seu gabinete chega a R$ 42,7 mil com esse benefício.
João Ribeiro (PR-TO) -
réu em uma ação no Supremo Tribunal Federal na qual é acusado de manter 35
funcionários em sua fazenda em regime análogo à escravidão - não se importa
muito em gastar o dinheiro do contribuinte para contratar assessores para
trabalhar para ele, pagos pelo Senado. O senador mantém 53 pessoas no gabinete
ou nos escritórios políticos - gasto de R$ 33,8 mil. Clóvis Fecury (DEM-MA) é
outro que multiplicou seus auxiliares. Ele tem 56 funcionários, 38 lotados em
seu gabinete em Brasília. Um gasto de R$ 35,7 mil.
Já o senador Fernando
Collor (PTB-AL) tem 54 comissionados no gabinete e o senador Gim Argello
(PTB-DF), que empregava seu contador particular, tem 46 assessores. O novato
Eduardo Lopes (PRB-RJ), que acaba de assumir a vaga de Marcelo Crivella (PRB-RJ)
no Senado, herdou 43 comissionados no gabinete. Ele assumiu o mandato semana
passada, após Crivella aceitar o convite da presidente Dilma Rousseff para ser
ministro da Pesca.
O vale-refeição é só um
exemplo do aumento de gastos no Senado pela contratação excessiva de servidores
comissionados. Eles também fazem horas extras, limitadas a R$ 2.500 por mês. Os
funcionários efetivos não têm esse direito. Além disso, apesar de não ter plano
de saúde pago pelo Senado, os comissionados podem ser atendidos, quando
precisam, pelo serviço médico que funciona na Casa. Quanto mais funcionários
ativos, mais gastos para manter esse serviço.
Neste domingo, O GLOBO revelou que a farra das nomeações continua, apesar da
crise institucional na qual o Senado mergulhou em 2009 por conta de atos
secretos que escondiam fantasmas e parentes dos parlamentares. O GLOBO
identificou pelo menos 25 senadores que mantêm nos escritórios pessoas que não
aparecem para trabalhar, porque fazem curso no exterior; ou profissionais que
atuam em clínicas médicas e escritórios particulares de advocacia, ganhando
salário pelo Senado. Há também outros que empregam políticos cujos mandatos
foram cassados pela Justiça Eleitoral ou são denunciados pelo Ministério
Público por desvio de verba.
O próprio Ivo Cassol,
que emprega 67 comissionados, patrocina uma ilegalidade. Desde dezembro
passado, mantém no gabinete o jornalista Francisco Sued de Brito Pinheiro
Filho, nomeado em 1 de fevereiro para trabalhar na presidência da Assembleia
Legislativa de Rondônia. A assessoria do senador disse que ele já havia
identificado o problema e iria demitir o servidor, mas até ontem o nome dele
constava no Quadro de Servidores Efetivos e Comissionados do Senado.
Senadores
não controlam ponto
Assim como acontece nos
escritórios políticos nos estados, os senadores também não exercem controle
sobre a atuação de seus servidores nos gabinetes do Senado, em Brasília. São
poucos os que exigem que os funcionários registrem o ponto eletronicamente.
Levantamento no Quadro de Servidores Ativos e Comissionados mostra que dez
senadores aboliram a regra para todos os seus assistentes.
Ano passado, o Senado
gastou mais de R$ 1,2 milhão com o ponto eletrônico biométrico. Mas, por acordo
entre parlamentares, eles determinam quem tem e não tem a obrigação de bater o
ponto.
Há casos como o do
senador Jayme Campos (DEM-MT). Dos 21 servidores de seu gabinete, 20 não têm a
obrigação de registrar a hora que chegam e a que saem. O único que não está
livre da burocracia é um servidor efetivo (aprovado em concurso), que trabalha
no Senado desde 1984 e é subchefe de gabinete do senador.
A segunda
vice-presidência, ocupada pelo senador Waldemir Moka (PMDB-MS), desobriga 20 de
seus 21 servidores de registrarem o ponto. Já a quarta secretaria, que está a
cargo de Ciro Nogueira (PP-PI), não obriga nenhum dos 13 funcionários a bater o
ponto. Também no gabinete do próprio Ciro ninguém registra o horário de entrada
ou saída.
A presidência do Senado
é mais controladora. Dos 42 assessores, somente três têm a vantagem de não
registrar os horários de trabalho. Alguns senadores são mais rigorosos ainda.
Não permitem que ninguém deixe de bater o ponto. Isso acontece nos gabinetes de
Cristovam Buarque (PDT-DF), Humberto Costa (PT-PE), Lindbergh Farias (PT-RJ),
Paulo Bauer (PSDB-SC), Paulo Paim (PR-RS), Pedro Simon (PMDB-RS) e Wellington
Dias (PT-PI).
NOTA : QUEM É QUE CONSEGUE COLOCAR TERMO NISTO ?
NÃO HÁ NENHUM ÓRGÃO INTERESSADO NISTO ? PORQUÊ ? TALVEZ PARA DEPOIS NÃO SER INVESTIGADO TAMBÉM ? . . .
SÃO ESTES CAMPEÕES DA MORALIDADE QUE GEREM ESTE BRASIL, E QUE COM A MAIOR DESFAÇATEZ SE IRÃO SUJEITAR DE NOVO AO VEREDICTO POPULAR, NUM VOTO OBRIGATÓRIO E DE " CABRESTO ", COM AS TRADICIONAIS COMPRAS DE VOTOS, QUE SABEM DE ANTE MÃO, GARANTIR DE NOVO A SUA ELEGIBILIDADE, O SEU LUGAR, E CONTINUAR ESTE MUNDO DE ILICITUDES.
QUANDO ESTE PAÍS FOR UMA REPUBLICA A SÉRIO, SERÁ UM PAÍS ENORME !
ATÉ LÁ, E ENQUANTO HOUVER DINHEIRO PÚBLICO E VOTOS DESTA NATUREZA, A LADROAGEM VAI CONTINUAR !
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